Após seis meses, feira livre de drogas continua em São Paulo
Consumidores dos entorpecentes mexem com pedestres, praticam relações sexuais no meio da rua e polícia não vem quando é chamada, reclamam moradores da região
A “feira livre” de drogas que acontece na Rua Peixoto Gomide continua a atrair consumidores de drogas seis meses após revelada sua existência. A quatro quadras da Avenida Paulista, moradores e comerciantes da região dizem que traficantes oferecem maconha, cocaína, ecstasy e LSD a quem passa, e os jovens consomem as substâncias ali mesmo.
Em fevereiro, o jornal O Estado de S. Paulo constatou que viaturas policiais passaram diversas vezes pela Peixoto Gomide sem coibir a venda nem o consumo de entorpecentes. Após a denúncia, a Polícia Militar, a Guarda Civil Metropolitana, a Subprefeitura da Sé e a Vigilância Sanitária chegaram a realizar ações para coibir o uso de substâncias ilícitas na região. Para um morador dos Jardins que pediu para não ser identificado, o problema voltou pior do que antes. “É incontrolável. São muitos viciados se embebedando e usando drogas. Eles mexem com os pedestres e praticam relações sexuais no meio da rua”, relatou.
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Outros moradores se queixam que a polícia não aparece quando é solicitada para conter os usuários de drogas na região, especialmente perto das Ruas Augusta e Frei Caneca. “Chamamos a polícia, mas ninguém vem. Aqui é a Cracolândia dos ricos”, desabafou um morador.
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, afirmou que a questão da droga é complexa. “Os traficantes migram para outros locais e é preciso um policiamento permanente, mas esta não é uma questão só de polícia”, disse. Grella também destacou que ações conjuntas precisam ser realizadas constantemente. Grella afirmou ainda que o problema é “do nosso conhecimento e vamos desenvolver novas operações na região em breve”.
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(Com Estadão Conteúdo)