Ao lado de Alckmin e Serra, Aécio abre campanha em SP

Candidato tucano à Presidência da República fez corpo a corpo com visitantes do Festival do Japão em São Paulo e criticou uso político da Copa

Por Bruna Fasano 6 jul 2014, 16h07

PELA UNIDADE - Serra, Aécio e Alckmin abrem campanha em São Paulo (Fabrício Bomjardim/Estadão Conteúdo)

Em solo paulista, o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, deu a largada neste domingo à sua campanha eleitoral. Ao lado do governador do Estado e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin, e de José Serra, o nome tucano na disputa pelo Senado, Aécio visitou o 17º Festival do Japão em São Paulo, realizado na Zona Sul da capital paulista. O trio fez corpo a corpo com visitantes do evento e caminhou lado a lado pelo Espaço Imigrantes. O PSDB já havia escolhido São Paulo para o lançamento da candidatura de Aécio, numa tentativa de debelar um problema crônico dos tucanos nas últimas eleições: as disputas internas. Também pela unidade o partido optou pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) como vice na chapa presidencial.

Aécio chegou ao evento acompanhado de seu candidato a vice. Já Alckmin compareceu ao lado de seu secretário da Casa Civil, Edson Aparecido. Também estiveram no local o vereador Andrea Matarazzo (PSDB), coordenador da campanha de Aécio em São Paulo, e o deputado federal José Aníbal (PSDB-SP). Aécio e Alckmin fizeram questão de frisar a importância do primeiro dia da campanha. “Nossa melhor companhia durante essa campanha são a verdade e a coragem para fazer o que precisa ser feito”, afirmou Aécio. “A campanha não é uma guerra, é oportunidade de defender as ideias em que você acredita”, completou.

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O presidenciável comentou ainda sobre a vantagem da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, no tempo de propaganda no rádio e na TV: a petista terá 11 minutos e 24 segundos, contra 4 minutos e 37 segundos do tucano. “O que vai reverter nossa inferioridade temporal é o sentimento dos brasileiros, que estão cansados de tudo que esta aí”, afirmou. E opinou acerca dos quatro pontos que Dilma subiu na última pesquisa Datafolha de intenção de votos: “Alguns acham que podem confundir Copa do Mundo com eleição. O brasileiro está suficientemente maduro e consciente para perceber que são coisas absolutamente diferentes”.

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“Eu falo isso porque vejo certa tentativa de apropriação desses eventos para o campo político”, completou. Aécio afirmou que pretende acompanhar no estádio do Mineirão o próximo jogo da seleção brasileira, que disputa nesta terça-feira contra a Alemanha uma vaga na final da Copa do Mundo.

Já Alckmin avalia que a corrida eleitoral só começará de fato no dia 19 de agosto, quando tem início a propaganda eleitoral gratuita no rádio e televisão. Sobre o fato de não se licenciar do cargo para disputar mais quatro anos à frente do Palácio dos Bandeirantes, afirmou que vai se ater ao que manda a legislação eleitoral. “Campanha só na hora do almoço, à noite e aos fins de semana. Seremos bastante rigorosos”, disse. Para o governador, temas como a investigação sobre a formação de cartel e corrupção no metrô e trens de São Paulo e a difícil situação do Sistema Cantareira não devem atrapalhar sua campanha. Segundo ele, o Cantareira sofre com “a maior seca do século” e usar o tema como argumento político é “subestimar a inteligência da população”.

Sorte – Os candidatos receberam da organização do evento um boneco japonês chamado Darumã. Segundo a tradição, deve-se pintar um dos olhos do boneco ao se fazer um pedido. Quando o desejo for realizado, pinta-se o outro. Aécio afirmou que voltará em três meses para completar a tradição. O primeiro tuno das eleições será realizado justamente em 5 de outubro.