Acusados da matar cinegrafista em protesto vão a júri
Juiz considerou que Caio Silva de Souza e Fábio Raposo Barbosa, que respondem por homicídio triplamente qualificado, agiram com intenção de matar
Os dois ativistas acusados de ter matado o cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, em protesto no Rio em fevereiro, serão julgados pelo Tribunal do Júri. A decisão foi anunciada nesta terça-feira pelo juiz Murilo Kieling, titular da 3ª Vara Criminal. Kieling considerou que Caio Silva de Souza e Fábio Raposo Barbosa agiram com intenção de matar. Barbosa foi preso no dia 9 de fevereiro e Souza três dias depois; eles são acusados de homicídio triplamente qualificado – motivo torpe, com uso de explosivo e mediante recurso que tornou impossível a defesa da vítima.
Segunda a denúncia, os ativistas acenderam o rojão de vara, que estava junto a um canteiro e em meio a grande número de pessoas. A explosão causou fratura craniana no cinegrafista que teve hemorragia intracraniana e laceração encefálica – as causas de sua morte, decretada no dia 10 de fevereiro.
Crimes – Fábio Raposo e Caio Silva de Souza foram indiciados por crimes que podem render até 36 anos de prisão. Eles também podem responder por formação de quadrilha. De acordo com o delegado Maurício Luciano, Raposo detalhou que Souza, o responsável por disparar o rojão, tinha um perfil violento, de ir para a linha de frente dos protestos para participar de brigas. “Ele afirmou que conhecia o rapaz apenas das manifestações, não tinha ligação com ele”, disse o delegado.
(Com Estadão Conteúdo)