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A eleição do ‘selfie’ (inclusive o de mau gosto)

Candidatos usam e abusam da onda do 'selfie' para turbinar as redes sociais. Até funeral de Eduardo Campos virou cenário para gravar imagens

Por Talita Fernandes
18 ago 2014, 12h33

Depois de ganhar as páginas do Dicionário Oxford em 2013, o mais extenso da língua inglesa, o selfie é uma das novidades na campanha eleitoral de 2014. Os tradicionais apertos de mão e abraços tradicionalmente distribuídos pelos políticos durante caminhadas e comícios agora dão lugar às fotografias feitas por smartphones. Não por acaso a presidente-candidata Dilma Rousseff chegou a declarar que depois de posar para tantas fotografias já foi chamada de “Rousselfie”. A equipe de campanha do PT adotou o trocadilho e divulgou um vídeo nas redes sociais com a avalanche de selfies feitas com Dilma.

A mania não é exclusividade da candidata do PT. O senador Aécio Neves, que disputa o Palácio do Planalto pelo PSDB, também tem divulgado os seus na internet. Exemplos recentes mostram o tucano ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que disputa reeleição, e de José Serra (PSDB), que concorre ao Senado.

No último final de semana, eleitores também abusaram da prática – de mau gosto – para registrar imagens nas filas do no funeral do então candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, que mobilizou uma multidão em Recife (PE). Os selfies com o caixão do ex-governador ao fundo causaram uma enxurrada de críticas nas redes sociais.

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A iniciativa de usar a câmera dos smartphones para fazer uma fotografia parte tanto dos próprios candidatos, que depois usam as imagens em suas redes sociais, quanto da população. No caso dos políticos, a intenção, claro, é tentar aproximar o candidato do eleitor, diz o consultor de marketing político e professor da ESPM Emmanuel Publio Dias. “O uso do selfie é uma tentativa de se aproximar da linguagem do meio de onde eles estão trabalhando. Antigamente, os candidatos dançavam nos bailes das periferias”, compara. “A rede social é, na essência, interação.”

Para o consultor de redes sociais e professor da FGV Edney Souza, trocar a fotografia posada com uma criancinha no colo por um selfie mais “espontâneo” confere um ar de modernidade às campanhas. “Pegar a criancinha no colo é uma atitude ligada ao comportamento do político tradicional. O selfie é uma expressão moderna”, avalia. Edney Souza afirma que o selfie tem, para o eleitor, valor muito maior do que o contato tradicional do corpo a corpo de campanha. “As pessoas vão se perpetuar juntas do candidato no espaço digital. É muito mais forte que um aperto de mão.”

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