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6 diferenças entre as manifestações de 13 e 15 de março

Do tamanho à espontaneidade dos participantes, por que os atos contra e a favor da presidente Dilma Rousseff são tão díspares

Por Da Redação
16 mar 2015, 16h27

1 – Foram 12 mil contra 1 milhão

Só o protesto na Av. Paulista, em São Paulo, contra o governo de Dilma Rousseff, no dia 15 de março, reuniu 1 milhão de pessoas, segundo a Polícia Militar (PM). Quem apoiou o ato a favor da presidente, dois dias antes, acusou a PM de inflar a estimativa, e o Datafolha contou 210 mil pessoas. Mas basta comparar com outros grandes eventos na avenida para se convencer de que a estimativa da polícia está mais próxima da realidade. A Parada do Orgulho Gay já chegou a reunir mais de 1 milhão de pessoas. O Réveillon da Paulista contou com 2 milhões de participantes em 2014. Quem já foi nos dois eventos e também esteve na avenida ontem sabe que na manifestação contra a Dilma o aperto era equivalente ou até maior. Já a manifestação do dia 13 em São Paulo teve 12 mil pessoas segundo a PM, 41 mil segundo o Datafolha e 100 mil de acordo com os organizadores. Ainda que estes estejam certos, o número representa apenas um décimo do que se viu no protesto contra o PT.

2 – Balões de sindicatos contra cartazes escritos à mão

Nos protestos anti-Dilma, predominavam os cartazes com palavras de ordem feitos com cartolina e caneta. Esta é a melhor medida da espontaneidade dos participantes. Este fato ficou demonstrado também pela chegada das pessoas à Av. Paulista: o que se viu eram casais ou famílias vindos a pé ou de metrô. No ato das organizações ligadas ao PT, as pessoas chegaram em grupos ou ônibus fretados. E predominavam os balões dos sindicatos, um recurso conhecido para dar a impressão de volume. Ou seja, para dar a ilusão, nas fotografias, de que há muito mais gente do que de fato há.

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3 – Uns ganharam diária para participar; todos os outros foram de graça

Para ir ao ato pró-Dilma, muitos manifestantes receberam entre 35 e 50 reais de diárias dos organizadores (Central Única de Trabalhadores, MST e movimentos de sem-teto). Trata-se de uma medida bem de acordo com a tradição desses grupos de explorar a miséria do povo. Já nos protestos anti-Dilma, não houve registro de pagamento para os participantes. Eles até gritavam, com orgulho: “Eu vim de graça!”

4 – Os pró-Dilma ganharam marmita; os anti-Dilma levaram ou compraram sua própria comida

O kit protesto distribuído pela CUT e pelo MST incluía pão com mortadela ou uma marmita mais reforçada. No protesto do dia 15, o povo teve que se virar com as poucas opções oferecidas pelos vendedores de cachorro quente e de churrasquinho de carne de terceira (para não falar nos felinos). Depois de uma hora de protesto, já não havia mais água ou refrigerante para comprar dos ambulantes, que subestimaram o tamanho da clientela.

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5 – Havia mais radicais, proporcionalmente, no ato pró-Dilma

Na manifestação do dia 15, havia um carro de som e um ônibus em frente ao Parque Trianon com inscrições e oradores pedindo intervenção militar. Ao redor, num raio de 20 metros, havia no máximo 100 pessoas fazendo coro ao apelo aos militares – o que representa apenas 0,01% do total de manifestantes reunidos na avenida. Dali para trás, a multidão olhava com curiosidade e desaprovação para os defensores do golpe. Já no ato pró-Dilma, entre os participantes mais numerosos estavam os militantes do MST, grupo que recebe treinamento da Venezuela para instaurar uma ditadura socialista no Brasil.

6 – O ato do dia 13 foi financiado com dinheiro público; o do dia 15, não

Só as cooperativas e assentamentos do MST receberam, desde 2004, 300 milhões de reais dos cofres públicos. Em comparação, não há registro de que os movimentos que organizaram o protesto do dia 15 sejam financiados por dinheiro do contribuinte. “Nós existiamos exclusivamente graças a doações individuais privadas. Até os empresários relutam em doar dinheiro para nós”, diz Kim Kataguiri, do Movimento Brasil Livre.

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