Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Ucrânia suspende por 24 horas as ações militares no leste

Rebeldes separatistas não reconhecem a trégua e seguem com disparos na região. Kiev e ministra australiana acusam a Rússia de prejudicar o cessar-fogo

Por Da Redação
31 jul 2014, 08h30

A Ucrânia suspendeu nesta quinta-feira, por 24 horas, todas as suas operações militares no leste do país, acatando assim um pedido do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, que exigiu a interrupção dos combates para permitir que os especialistas internacionais possam ter acesso ao local onde caiu o avião da Malaysia Airlines. “No dia 31 de julho, as tropas que participam da fase ativa da operação antiterrorista não tomaram parte em ações de combate, com exceção da defesa de suas posições das agressões” do inimigo, informou o centro de imprensa das forças ucranianas.

No entanto, as autoridades ucranianas já acusaram os rebeldes de descumprirem o cessar-fogo durante as primeiras horas de hoje. “Os terroristas a mando da Rússia não respeitam nenhum dos acordos e exigências internacionais. Às 9h00 [04h00 de Brasília] de hoje, os ocupantes de uma plataforma de lançamento de mísseis Grad atacaram a cidade de Pobednoye”, próxima de Lugansk, garantiu o centro de imprensa das forças ucranianas.

Leia também

Moscou: EUA sofrerão ‘prejuízos reais’ por sancionar Rússia

Separatistas põem minas em área com destroços do MH17

Depois da Europa, EUA anunciam mais sanções contra a Rússia

Continua após a publicidade

ONU diz que derrubada de avião pode ser crime de guerra

Os separatistas asseguraram que não foram informados sobre o cessar-fogo anunciado pelas forças ucranianas. “Não ouvimos nada disso. Parece que Kiev também não”, disse à agência russa RIA Novosti um representante das milícias pró-russas, que acrescentou que os combates entre os dois grupos continuam, inclusive nos acessos à cidade de Shakhtarsk, uma das mais próximas do local da tragédia. O chefe de imprensa da autoproclamada República Popular de Lugansk, Vladimir Inogorodtsev, denunciou que “sabotadores” que combatem do lado ucraniano dispararam morteiros contra áreas residenciais de Lugansk.

Austrália – A ministra das Relações Exteriores da Austrália, Julie Bishop, acusou a Rússia nesta quinta de interferir nas tentativas da equipe internacional de investigação para ter acesso ao local onde estão os destroços do voo MH17. Julie disse que os combates continuam apesar das promessas de vários dirigentes políticos para criar um corredor humanitário e declarar um cessar-fogo na região. “Meu grande temor é que a Rússia esteja atrapalhando ativamente este processo. Temos todo o apoio possível do governo da Ucrânia, mas os combates continuam e não há nenhum cessar-fogo”, disse a ministra à emissora australiana ABC.

“É frustrante, angustiante. Estamos na região, os especialistas estão preparados para começar a trabalhar, mas não podemos ter acesso ao local”, acrescentou Julie, que reiterou a determinação da Austrália para recuperar os corpos que permanecem entre os destroços do avião. Entre as 298 pessoas mortas, 37 eram de nacionalidade australiana.

O secretário-geral da ONU fez ontem fortes críticas aos impedimentos que os especialistas internacionais, que se deslocaram até a Ucrânia para investigar o desastre aéreo, estão sofrendo. O avião foi abatido no dia 17 de julho por um míssil disparado de uma bateria antiaérea localizada em território controlado pelos separatistas, dizem os Estados Unidos.

Saiba mais:

Como fica a geopolítica depois da tragédia com o voo MH17

Corte no abastecimento – O suprimento de alimentos para Lugansk, no leste da Ucrânia, cidade sob controle dos rebeldes separatistas, foi cortado durante a ofensiva das forças de segurança do governo para tentar retomar a cidade, disseram autoridades locais nesta quinta. O Exército ucraniano informou que fechou o cerco a Lugansk, mas abriu um corredor humanitário para permitir a saída de moradores. Os militares disseram ainda que não estão disparando contra áreas residenciais, mas há informações de que três pessoas foram mortas em bombardeios durante a noite.

“Mercearias, mercados e redes de grandes supermercados operam intermitentemente. As entregas de alimentos para a cidade pararam, os suprimentos estão diminuindo a cada dia. Os mercados só têm à venda produtos de seus estoques”, disseram autoridades da cidade em um comunicado no site da prefeitura.

(Com agências France-Presse e EFE)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.