Sob tensão, Seul se prepara para receber a Cúpula Nuclear
Enquanto vive período de animosidade com vizinha do norte, Coreia do Sul destaca enorme aparato de segurança para sediar reunião de líderes mundiais
O governo da Coreia do Sul contará com 40.000 agentes de segurança e 2.000 câmeras de circuito fechado para evitar ataques terroristas durante a Cúpula de Segurança Nuclear de 2012, o maior evento diplomático da história do país
A apenas dois dias do início da Cúpula de Segurança Nuclear de 2012, a polícia de Seul reforçou a vigilância e as inspeções no perímetro do Centro de Convenções COEX, onde será realizado o encontro.
Atuando ao lado de organismos internacionais como a Interpol, as forças de segurança sul-coreanas decretaram como zona de alta segurança o perímetro do COEX, situado no sudeste de Seul, onde agentes impedem o acesso de pessoas não autorizadas.
Segurança máxima – Neste perímetro, as autoridades também bloquearão desde segunda-feira as calçadas com barreiras para impedir a aproximação de manifestantes – qualquer tipo de protesto foi declarado ilegal na área de segurança ao redor do Centro de Convenções. Outra medida preventiva é o monitoramento, através de duas mil câmeras de circuito fechado, de todo o prédio que abrigará a Cúpula e seus arredores.
Durante os dois dias do evento, o governo sul-coreano também desdobrará 40 mil efetivos das forças de segurança em todo o país para evitar ataques terroristas e outras ameaças. Os organizadores avaliam que mais de 10 mil pessoas, incluindo os funcionários que acompanham os chefes de estado e a imprensa, participarão do maior evento diplomático da história da Coreia do Sul.
A Cúpula de Segurança Nuclear de Seul reunirá na segunda e na terça-feira os governantes de 58 países e organizações internacionais, entre eles Barack Obama, presidente dos EUA, Hu Jintao, presidente da China, e Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU.
Coreia do Norte – A Cúpula acontece em um momento particularmente tenso na relação entre as duas Coreias. No dia 16 de março, Pyongyang anunciou para abril o lançamento de um foguete para colocar em órbita um satélite para uso civil. Seul considerou o anúncio uma ‘grave provocação’ e acusou a Coreia do Norte de estar testando mísseis balísticos.
(Com agência EFE)