O promotor federal argentino Alberto Nisman solicitou nesta quinta-feira a prisão do ex-presidente argentino Carlos Menen. O promotor, que não revelou o motivo do pedido, investiga um atentado terrorista ocorrido em 1994 contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) de Buenos Aires, que matou 85 pessoas. Segundo pessoas próximas às vítimas do ataque, Nisman teria descoberto que Menem protegeu um dos autores do atentado.
De acordo com fontes judiciais, o pedido de prisão se estende a Munir Menem, um dos irmãos do ex-presidente; Hugo Anzorreguy, ex-chefe do serviço secreto argentino; e Juan José Galeano, o juiz que investigou o crime. A investida contra a Amia aconteceu dois anos depois de um ataque à Embaixada de Israel em Buenos Aires que matou 29 pessoas. Os dois atentados foram atribuídos a organizações terroristas islâmicas. Entre os foragidos da Justiça argentina apontados como culpados pelo crime está o ex-presidente do Irã, Hashemi Rafsanjani.