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Produtores paraguaios protestam contra investigação de origem de terras

Por Gustavo Pineiro
28 set 2011, 22h39

Dez mil pessoas protestaram nesta quarta-feira, em Assunção, contra a decisão do governo paraguaio de investigar a origem da posse de 250 mil hectares no leste do país em poder de produtores paraguaios de origem brasileira, chamados de “brasiguayos”.

“As comunidades trabalhadoras do leste do país estão em pé de guerra”, alertou em um discurso Concepción Rodríguez, prefeito de Santa Rita, localizada no departamento de Alto Paraná, o mais rico do Paraguai, localizado na Tríplice Fronteira.

“O governo não está em condições de expropriar tamanha quantidade de terra, e quer anular os títulos dos produtores. Isso não iremos permitir”, garantiu Rodríguez aos produtores agrícolas e familiares que participaram da manifestação.

Rodríguez acusou o presidente Fernando Lugo de favorecer uma “luta ideológica” através do Instituto de Reforma Agrária e da Terra (Indert), encarregado de investigar a origem da posse das terras no Alto Paraná.

O Indert divulgou um comunicado afirmando que tem competência legal para mensurar o território, e que, neste caso, tenta-se comprovar a existência de terras pertencentes ao Estado em poder de particulares.

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Grande parte das terras a serem mensuradas se encontra em poder do milionário brasileiro nacionalizado paraguaio Tranquilo Favero, mais conhecido como Rei da Soja.

Camponeses sem terra, mais conhecidos como “carperos” – por montarem barracas em frente às terras que pretendem invadir – alegam que Favero foi beneficiado com favores durante a ditadura do general Alfredo Stroessner (1954-89).

O Indert negou que seja motivado por razões ideológicas “ou de qualquer outra índole”, e assinalou que a situação da posse de terras no Paraguai tem raízes históricas, que configuram um problema estrutural, “a serviço de um setor que aumenta a sua renda, enquanto outro permanece na pobreza”.

“Basta de intolerância entre compatriotas no Paraguai! Precisamos trabalhar em paz”, disse durante a manifestação Javier Zacarías, líder político do partido Colorado, de oposição, e candidato a presidente nas eleições de 2013.

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