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O monstro que sequestrou garota fala em ‘amor’

Por Da Redação
28 ago 2009, 13h02

O sequestrador de Jaycee Dugard, a jovem que foi mantida em cativeiro durante 18 anos na Califórnia e com quem teve duas filhas, classificou sua relação com a refém de “terna” e explicou que dormia todas as noites na mesma cama com a sequestrada e as duas meninas. “Vocês vão descobrir que a história de maior impacto provém da testemuha, da vítima, por isso é melhor esperar”, afirmou Phillip Garrido em uma entrevista por telefone, dada logo depois de sua prisão, ao canal local KCRA. “Vocês vão cair de costas, pois vão descobrir que a história é mais impactante e terna. Esperem só”, insistiu. “As meninas dormiam em meus braços todas as noites desde que nasceram.”

Jaycee Dugard tinha 11 anos quando foi sequestrada em 10 de junho de 1991 em South Lake Tahoe, no condado de El Dorado, a aproximadamente 200 quilômetros de San Francisco, na Califórnia, bem diante de seu padrasto. Ela foi encontrada na quinta-feira em bom estado de saúde depois de ter ficado em isolamento durante 18 anos e ter tido dois filhos com seu sequestrador, uma história que recorda os casos Kampusch e Fritzl na Áustria. Phillip Garrido, de 58 anos, foi detido pelo FBI junto com sua mulher Nancy, de 54. O caso foi descoberto puramente por acaso, em função da investigação de um outro crime. Os parentes de Jaycee já não tinham mais esperança de vê-la.

O xerife adjunto do condado de El Dorado, Fred Kollar, contou detalhes sobre o calvário da jovem americana, destacando que ela estava “bem de saúde”. “Mas viver trancada durante 18 anos causa algum tipo de destruição.” De acordo com os primeiros elementos da investigação, ela vivia sequestrada no quintal da casa de seu sequestrador, em Antioch, a 70 quilômetros de San Francisco. “Atrás da casa havia um abrigo, barracas e pequenas construções, onde Jaycee e as meninas passaram a maior parte de suas vidas”, declarou Kollar em entrevista à imprensa. Segundo o jornal Sacramento Bee, as duas meninas têm 11 e 15 anos, o que significa que Jaycee teve a mais velha com 14 anos.

“Nenhuma das meninas nunca foi à escola ou ao médico. Elas foram mantidas completamente isoladas”, acrescentou Kollar. “Tudo foi feito para privar as vítimas de qualquer contato externo. Um dos abrigos era inteiramente isolado e podia ser aberto somente pelo lado de fora”. Garrido, que estava em liberdade condicional, era condenado por estupro e sequestro, cometidos em 1971. Ele está na lista americana de delinquentes sexuais. Garrido foi denunciado por seu comportamento suspeito, enquanto distribuía folhetos religiosos na Universidade da Califórnia. Seu agente da condicional o convocou e ele apareceu acompanhado das duas crianças, de sua mulher e da jovem, que ele apresentou como “Allissa”.

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O agente, que já havia ido à casa de Garrido, nunca tinha visto “Allissa” e as duas meninas. “Ele pensou que essas pessoas eram suspeitas”, indicou Kollar. Na confusão, avisou a polícia, que interrogou “Allissa”, descobrindo o caso. A mãe de Jaycee Dugard e seu padrasto, hoje separados, vivem no sul da Califórnia. A mãe encontrou sua filha horas depois da revelação do caso. “Eu tinha perdido toda esperança”, afirmou Probyn à ABC News, chorando muito. O irmão mais velho do sequestrador, Ron Garrido, de 65 anos, explicou ao San Francisco Chronicle que estava chocado, mas não espantado. “Conheço meu irmão e acho que ele pode ter feito isso. Ele é completamente louco”.

(Com agência France-Presse)

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