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Justiça espanhola decreta prisão de líderes separatistas catalães

Jordi Sánchez e Jordi Cuixart foram acusados de sedição por organizar uma manifestação em Barcelona no dia 20 de setembro

Por Da redação
16 out 2017, 20h27

Uma juíza da Audiência Nacional espanhola decretou prisão preventiva dos líderes de duas influentes associações separatistas da CatalunhaJordi Sánchez e Jordi Cuixart  acusados de sedição, informaram fontes judiciais.

A magistrada Carmen Lamela decidiu a “prisão comunicada e sem direito a fiança” dos dois catalães, indicaram os autos da corte especial, com sede em Madri. A decisão tem relação com os fatos ocorridos em 20 de setembro em Barcelona, quando centenas de manifestantes se concentraram em frente a um edifício do governo catalão onde a polícia espanhola fazia revistas, danificando seus veículos e dificultando sua saída.

Segundo os autos, Sánchez, presidente da Assembleia Nacional da Catalunha (ANC), e Cuixart, do Òmnium Cultural, se mantiveram à frente de manifestações populares “durante todo o dia”, “encorajando e dirigindo a ação dos manifestantes, incitando-os a permanecer no local e lhes dando ordens”. Naquela noite, os guardas civis ficaram cercados na Secretaria por cerca de 24 horas e só conseguiram sair escoltados.

Também segundo a decisão judicial, Sánchez e Cuixart subiram em um veículo da Guarda Civil espanhola e convocaram “a mobilização permanente”. “Que ninguém vá para casa, será uma noite longa e intensa”, clamou Sánchez, segundo os autos.

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Nesta segunda, ambos se apresentaram pela segunda vez à alta corte de Madri, onde são julgados pelo crime de sedição. O delito é passível de ser punido com até dez anos de prisão no caso dos cidadãos comuns e de 15 anos no caso de autoridades.

Tanto a ANC quanto a Òmnium, uma antiga organização que difunde a cultura e língua catalã, rejeitaram a decisão e anunciaram mobilizações de protesto. “A privação de liberdade dos presidentes da Òmnium e da Assembleia é intolerável em uma sociedade democrática. A mobilização continua, não poderão prender todo um povo”, escreveu a Òminum no Twitter.

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A ANC convocou, por sua vez, um panelaço para a noite desta segunda-feira e uma “paralisação” na terça-feira às 12h locais (8h de Brasília) e concentrações silenciosas às 19h (15h de Brasília) em frente às delegações do governo central em Barcelona e outras cidades da Catalunha.

A Espanha está mergulhada em sua pior crise política em 40 anos, em meio à aposta independentista das autoridades da Catalunha, uma região de 7,5 milhões de habitantes a nordeste do país. A campanha é rejeitada pelo governo central, que ameaça restringir a autonomia catalã.

(Com AFP)

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