Jacob Zuma é acusado de gastar R$ 54 milhões em reforma
Procuradora diz que gasto com residência particular foi indevido e pede a devolução
Um órgão anticorrupção da África do Sul acusou nesta quarta-feira o presidente do país, Jacob Zuma, de gastar 23 milhões de dólares (cerca de 54 milhões de reais) do erário para custear uma reforma em sua residência particular.
Em um relatório de 444 páginas, a procuradora Thuli Madonsela afirma que Zuma teve uma conduta incompatível com seu cargo e que ele deveria pagar por obras desnecessárias, entre elas um galinheiro, um anfiteatro e uma piscina. A verba foi solicitada inicialmente para custear equipamentos de segurança.
“O presidente aceitou tacitamente a implementação de todas as medidas em sua residência e se beneficiou indevidamente do enorme investimento de capital nas instalações não relacionadas à segurança em sua residência particular”, diz Madonsela.
O relatório de Madonsela é resultado de uma investigação de dois anos sobre as reformas na residência rural de Nkandla, na província de KwaZulu-Natal. A presidência disse que Zuma irá estudar o relatório e dar sua resposta “no momento adequado”. O escândalo pode prejudicar Zuma e seu partido, o Congresso Nacional Africano (CNA), nas eleições de 7 de maio.
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(Com agências Reuters e France-Presse)