Itália nomeia Paolo Gentiloni como novo primeiro-ministro
Ex-premiê, de 62 anos, assume o posto após a renúncia de Matteo Renzi, ocorrida na quarta-feira
Paolo Gentiloni, ex-chanceler italiano, foi apontado neste sábado como o novo primeiro-ministro do país. Ele informou aos jornalistas que atendeu a um pedido do presidente da Itália, Sergio Mattarella, a fim de evitar o caos político que ameaça a nação após a renúncia de Matteo Renzi na quarta-feira.
Renzi desligou-se do cargo depois de perder um referendo popular que propunha a reforma de 43 artigos da Constituição do país. Leal a Renzi, Gentiloni, de 62 anos, é jornalista e formado em ciências políticas. A primeira das muitas missões espinhosas que terá pela frente será a de submeter sua nova equipe de governo ao voto de confiança, o que poderá acontecer na próxima quarta-feira. “Trabalharei com honestidade e dignidade”, declarou Gentiloni.
A indicação do novo primeiro-ministro irritou os partidos de oposição do país, que o veem como uma marionete de Renzi. O Movimento Cinco Estrelas, por exemplo, pede novas eleições no país.
Gentiloni tem catorze meses para mostrar serviço antes do país cair novamente em período eleitoral. Mas o ex-premiê não é um novato em crises: ele já lidou com diversos rachas ocorridos no Partido Democrata.
Em seu curto período de governo, o novo primeiro-ministro lidará com temas importantes, como a entrada da Itália no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e os 60 do Tratado de Roma, que deu início à Comunidade Europeia. O ano de 2017 marca também a entrada da Itália na presidência do G7, grupo formado pelos sete países mais ricos do mundo.