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Fim do motim policial na Bolívia após acordo salarial com governo

Por Aizar Raldes
27 jun 2012, 11h48

Os policiais de baixo escalão, que realizaram um motim durante seis dias, suspenderam na madrugada desta quarta-feira seu protesto após um acordo salarial assinado com o governo, informaram representantes dos manifestantes e o ministro do Interior, Carlos Romero.

“Com o acordo (de aumento salarial), os trabalhos da Polícia se normalizam a partir desta quarta-feira”, afirmou Romero em uma coletiva de imprensa.

A delegada dos policiais de La Paz, suboficial Esther Corzón, ratificou que, “com a aprovação de nossos camaradas dos nove departamentos (do país), assinamos o acordo (razão pela qual) já estamos patrulhando (as ruas)”.

O vice-ministro de Regime Interior e Polícia, Jorge Pérez, destacou o acordo e afirmou que foram realizadas “árduas sessões de diálogo para conquistar este acordo pelo bem da Polícia e do país e com isto tudo retorna a tranquilidade”.

O acordo prevê um ajuste ao salário básico de 100 bolivianos (cerca de 15 dólares), que permitirá – somado a outros bônus e subsídios – que nenhum policial ganhe menos de 1945 bolivianos (279 dólares) ao mês, disse Pérez.

“Quero destacar que a restituição dos serviços no país vai se normalizando progressivamente, os serviços já começaram a se normalizar”, disse Romero mais tarde, em uma segunda coletiva de imprensa.

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“De forma definitiva, todos os serviços estão sendo normalizados e todos os departamentos foram consultados e aprovaram este acordo”, enfatizou.

O delegado policial de Oruro, cabo Pedro Ticona, anunciou que os policiais voltarão “nesta quarta-feira a patrulhar” as ruas.

Além do aumento salarial, retroativo a janeiro, o acordo alcança a formação de uma comissão para a modificação do regime disciplinar, o compromisso para não processar efetivos amotinados, a criação do Defensor da Polícia e o estudo para uma aposentadoria com 100% do salário.

O comandante nacional da Polícia, Victor Maldonado, anunciou em uma declaração a jornalistas que “o importante é que depois de dialogar tudo volte à normalidade, não apenas ganham os policiais mas também o povo, porque os serviços são restabelecidos e a normalidade retorna”.

Em relação às acusações de que o protesto policial fazia parte de um complô contra o presidente Evo Morales, Romero disse que “também será preciso avaliar ações de pessoas que tentaram aproveitar a legitimidade destas exigências para politizar a ação dos policiais”.

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Um dia antes, a ministra da Comunicação, Amanda Dávila, insistiu em sua tese de que, com o motim policial, tentava-se produzir um golpe de Estado.

“Este não é um movimento qualquer: tem o poder das armas, das bombas de gás lacrimogêneo e todas as ferramentas”, disse.

Na mesma direção, os governadores de oito departamentos do país, com exceção de Santa Cruz, criticaram na terça-feira, convocados pelo governo, as supostas preparações conspiratórias contra o presidente Morales.

Dávila citou como evidência do plano conspiratório um atentado com dinamite que cortou na terça-feira as transmissões de uma rádio do sindicato camponês de Oruro, próximo ao governo.

Além disso, o edifício do Congresso sofreu na noite de segunda-feira um atentado com dinamite que provocou danos no gabinete da presidente da Câmara de Deputados, denunciou um influente parlamentar do governo.

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