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‘EUA não podem mais pedir direitos humanos’, diz líder do Irã

O aiatolá Ali Khamenei afirmou que Donald Trump é a "verdadeira face" da corrupção no governo americano

Por Da redação
Atualizado em 7 fev 2017, 20h20 - Publicado em 7 fev 2017, 19h41

O aiatolá Ali Khamenei desdenhou mais uma vez nesta terça-feira da decisão dos Estados Unidos de colocar o Irã “sob aviso” por causa de seus testes de mísseis e classificou o presidente Donald Trump de “verdadeira face” da corrupção americana.

“Somos agradecidos a esse novo homem na Casa Branca por realizar o que estamos tentado fazer na última década: mostrar a verdadeira face da América”, disse Khamenei durante uma reunião de comandantes militares em Teerã, de acordo com seu site. “Temos batalhado para mostrar ao mundo a profundidade da corrupção no governo dos Estados Unidos. E Trump fez isso em poucos dias depois de chegar à Casa Branca.”

“Os apelos [dos EUA] por direitos humanos não são mais sustentáveis”, acrescentou Khamenei, após referência a um menino iraniano de 5 anos detido em aeroporto americano após a assinatura do decreto anti-imigração.

Em seu primeiro discurso desde a posse de Trump, o líder supremo do Irã conclamou seus compatriotas a participarem de manifestações na sexta-feira, dia 10, aniversário da Revolução Islâmica de 1979, para mostrar que não têm medo das “ameaças” dos EUA.

Trump reagiu a um teste de míssil iraniano em 29 de janeiro dizendo que “o Irã está brincando com fogo” e impondo novas sanções a indivíduos e entidades, alguns deles ligados à Guarda Revolucionária, força de elite do país.

A Casa Branca disse que o lançamento não foi uma afronta direta ao acordo nuclear de 2015 do Irã com seis potências mundiais, mas que “viola seu espírito”.

O ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, afirmou que o regime não irá renegociar o pacto, que Trump criticou insistentemente por vê-lo como um presente para a República Islâmica.

“Acredito que Trump irá forçar uma renegociação. Mas o Irã e países europeus não aceitarão isso”, disse Zarif na edição desta terça-feira do diário Ettelaat. “Teremos dias difíceis pela frente”.

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Durante a campanha eleitoral, Trump prometeu reiteradamente rasgar o acordo nuclear. Embora o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, não o tenha pedido, sugeriu uma “revisão total” do entendimento.

Sem ameaças

Analistas iranianos disseram que seus comentários foram relativamente contidos, já que não incluíram nenhuma ameaça de reagir militarmente.

“(Trump) diz ‘vocês deveriam ter medo de mim’. Não! O povo iraniano irá responder às suas palavras em 10 de fevereiro e irá mostrar sua postura diante de tais ameaças”, disse o aiatolá.

O presidente do Irã, Hassan Rouhani, apoiou o clamor de Khamenei para que a população se manifeste em todo o país na sexta-feira para “mostrar seus laços inquebrantáveis com o Líder Supremo e a República Islâmica”.

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(Com Reuters)

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