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Curdos dizem “sim” em referendo sobre independência do Iraque

Presidente da região curda, Masoud Barzani, pediu a Bagdá que não feche a porta ao diálogo

Por Da redação
Atualizado em 26 set 2017, 21h51 - Publicado em 26 set 2017, 20h39

O presidente da região curda do Iraque, Masoud Barzani, anunciou nesta terça-feira que o “sim” à independência foi vitorioso no plebiscito realizado na segunda. Aproximadamente 72% dos eleitores, ou 3,3 milhões de pessoas, participaram da votação, segundo a Comissão Eleitoral.

Em um discurso televisionado, Barzani pediu a Bagdá “que não feche a porta ao diálogo”, assegurando à comunidade internacional que o referendo não teve por objetivo “delimitar a fronteira (entre Curdistão e Iraque) nem fazer uma imposição ‘de fato'”, já que a votação era apenas uma forma de marcar o início dos diálogos com os iraquianos.

Barzani disse ao primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, e aos demais líderes políticos, que, “no lugar das ameaças, sejamos amigos”. “Estamos dispostos a solucionar os problemas porque a paz é a nossa opção”, acrescentou.

Barzani também se dirigiu aos países vizinhos, que se opuseram ao plebiscito, e afirmou: “Fomos sempre um fator de estabilidade na região e continuamos sendo”. Também quis assegurar à comunidade internacional que seu governo está comprometido com o diálogo e que “as ameaças não resolverão nada”.

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Iraque

Em resposta ao referendo, o governo do Iraque endureceu o tom de suas declarações. “Não estamos dispostos a discutir ou dialogar sobre os resultados do referendo porque ele é inconstitucional”, afirmou al-Abadi.

O primeiro-ministro também lançou um ultimato às autoridades curdas, intimando-as a ceder o controle dos aeroportos às autoridades centrais. “O governo decidiu proibir os voos internacionais de e para o Curdistão dentro de três dias se os aeroportos não forem entregues ao governo central”, disse em coletiva o primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi.

Dois aeroportos funcionam no Curdistão, nas duas principais cidades, Erbil e Sulaymaniyah. Além da companhia nacional iraquiana, diversas empresas internacionais, em particular iraniana, turca, jordaniana e alemã, mantêm ligações com essas cidades.

Irã e Turquia também foram contrários ao referendo e ameaçaram fechar as suas fronteiras e impor sanções econômicas ao Curdistão. O presidente turco, Recep Erdoganaumentou o tom das ameaças nesta terça e disse que caso seu país decida suspender o fluxo de petróleo e de caminhões com o norte do Iraque, os curdos do país irão “passar fome”. “Eles serão abandonados à sua própria sorte quando começarmos a impor sanções”, afirmou.

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(Arte/VEJA.com)
(Arte/VEJA.com)

(Com EFE e AFP)

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