Cairo, 27 jun (EFE).- Confrontos entre as forças do regime sírio e os rebeldes, além de bombardeios do Exército em diferentes pontos da Síria provocaram a morte de pelo menos 30 pessoas nesta quarta-feira, informaram grupos opositores e de direitos humanos.
Os ativistas Comitês de Coordenação Local garantiram em comunicado que, pelo menos, 35 pessoas perderam a vida, dez delas nos arredores de Damasco, enquanto o Observatório sírio de Direitos Humanos registrou 36 mortes.
Segundo os Comitês, nove vítimas faleceram na zona de Deir Zur (leste), palco de intensos bombardeios por parte das forças do regime, e outras oito na província setentrional de Idleb.
Os confrontos entre as tropas e os rebeldes do Exército Livre Sírio (ELS) ocorreram na cidade de Homs (centro). Da mesma forma, a situação humanitária na cidade meridional de Shams Kfar, assediada e alvo de bombardeios após a deserção em massa de soldados em um quartel próximo, é crítica.
Também ocorreram confrontos nos povoados de Deir al Asafir e Drusha, perto de Damasco, de acordo com a rede de ativistas, e bombardeios e choques em Deir al Zur e Idleb, segundo o Observatório de Direitos Humanos.
Ainda houve um ataque à sede da televisão pró-governo ‘Al Ikhbariya’, localizada nos arredores de Damasco, causando a morte de sete pessoas. Enquanto Damasco responsabilizou o ataque a supostos terroristas, rebeldes apontaram a responsabilidade a desertores do regime.
Na última terça-feira, o presidente do país, Bashar al Assad, admitiu em discurso que o país se encontra em ‘um verdadeiro estado de guerra’, opinião compartilhada com a comissão internacional da ONU para investigar as violações de direitos humanos cometidas na Síria.
Segundo o relatório atualizado apresentado pela comissão perante o Conselho de Direitos Humanos em Genebra, ‘em algumas áreas a luta reúne características de um conflito armado não internacional’. EFE