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Brasil e EUA discutem acordos milionários no setor de defesa

Por Da Redação
24 abr 2012, 20h34

Brasília, 24 abr (EFE).- O Brasil e os Estados Unidos se aproximaram nesta terça-feira em suas relações de defesa, em reunião entre os ministros Celso Amorim e Leon Panetta, na qual abordaram os contratos milionários de compra e venda de aviões que interessam aos dois países.

O secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, em uma viagem pela região que inclui escalas na Colômbia e no Chile, avaliou a liderança global do Brasil.

‘O Brasil é uma potência global, uma força positiva para a estabilidade não só das Américas, mas do mundo inteiro’, disse em entrevista coletiva posterior à reunião.

A reunião foi a primeira realizada pelo chamado comitê binacional de cooperação em assuntos de defesa, cuja criação foi estipulada há três semanas em Washington entre os presidentes americano, Barack Obama, e a brasileira Dilma Rousseff.

Amorim afirmou que apresentou propostas para alcançar acordos de colaboração que implicariam a transferência de tecnologia bélica ao Brasil.

O ministro afirmou que o Brasil não reivindica a doação de tecnologia, mas o acesso a esses meios, e manifestou seu interesse em dialogar questões mais amplas na área de segurança e defesa.

Sem entrar em detalhes, Amorim afirmou que na reunião foram tratadas questões bilaterais de interesse de todos, em clara alusão às negociações para vender aos EUA 20 aviões de combate da Embraer e também à participação da Boeing em uma licitação aberta pelo Brasil para a compra de 36 caças.

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Em fevereiro, a Boeing suspendeu a compra dos 20 aviões Super Tucano por supostos problemas na documentação da proposta da Embraer, depois que a perdedora da licitação, a americana Hawker Beechcraft, apresentou uma queixa.

O contrato de US$ 355 milhões, adjudicado em dezembro, tinha como objetivo utilizar os aviões da Embraer, que dispõem de vários sistemas tecnológicos americanos, para missões de treino, operações de reconhecimento e de apoio aéreo no Afeganistão.

O Brasil também mantém em suspenso a resolução da licitação para comprar os caças, na qual participam os Super Hornet F/A-18 da Boeing, os Rafale da francesa Dassault e os Gripen da sueca Saab.

Os Estados Unidos, da mesma forma que os outros candidatos à licitação, ofereceu ao Brasil a cessão da tecnologia caso eleja seus aviões.

Coincidindo com a visita de Dilma a Washington, a Embraer e a Boeing assinaram um acordo de cooperação em pesquisa e desenvolvimento industrial.

À margem dos contratos de compra e venda de caças, Panetta e Amorim indicaram nesta terça-feira que o recém-criado comitê de cooperação em assuntos de defesa deverá se concentrar este ano nas atividades de assistência humanitária e resposta a desastres naturais e também na cooperação e apoio a nações africanas.

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O comitê também tratará da segurança cibernética e do apoio às autoridades civis na realização de grandes eventos.

O Brasil organizará em junho a conferência de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas Rio+20, no ano que vem receberá a Jornada Mundial da Juventude, na qual espera a participação do papa, e também acolherá a Copa do Mundo de futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

Na próxima escala de sua viagem latino-americana, Panetta realizará na quarta-feira um discurso na Escola Superior de Guerra no Rio de Janeiro, no qual tratará sobre a colaboração militar entre os dois países.

Depois, o secretário americano realizará uma oferenda de flores em homenagem aos soldados brasileiros mortos na Segunda Guerra Mundial.

Panetta deve visitar o Chile entre quinta e sexta-feira, na última etapa de sua viagem pela região, que começou na segunda-feira na Colômbia. EFE

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