Acordo climático: estados vão boicotar a decisão de Trump nos EUA
Governadores de doze estados assinaram um manifesto contra a saída dos EUA do Acordo de Paris
Um grupo de doze governadores assinou nesta sexta-feira um manifesto de boicote à saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris. Na carta publicada na internet, os estados reafirmam o compromisso com o pacto climático e lembram que suas economias representam 38% do produto interno bruto (PIB) americano.
Governadores dos estados da Califórnia, Colorado, Connecticut, Delaware, Havaí, Minnesota, Nova York, Oregon, Pensilvânia, Rhode Island, Virgínia e Washington assinaram o manifesto. “Nós escrevemos como governadores de doze estados que abrigam 107 milhões de americanos e compõem cerca de 38% do PIB do país para manter os Estados Unidos no Acordo de Paris sobre o clima”, diz o texto.
Na carta, os estados relatam que vêm conseguindo reduzir as emissões de gases de efeito estufa, e dizem estar convencidos de que o objetivo dos Estados Unidos de reduzir entre 26% e 28% dos níveis de emissão de 2005 é “perfeitamente viável”.
Algumas prefeituras, como a de Atlanta, também já se manifestaram a favor do acordo. Os estados e as cidades querem negociar diretamente com a Organização das Nações Unidas para se manterem de forma independente no Acordo de Paris.
A discussão sobre o tema também migrou para as redes sociais. Para defender sua posição, o presidente Donald Trump tuitou após o anúncio de quinta-feira que foi eleito para representar os interesses dos cidadãos de Pittsburgh, e não de Paris. O prefeito da cidade americana, Bil Peduto, respondeu, dizendo “que a cidade vai seguir as orientações do Acordo de Paris, porque em Pittsburgh quem ganhou a eleição foi Hillary Clinton, que teve 80% dos votos na campanha presidencial”.
Demonstrações populares – Milhares de manifestantes foram às ruas de Nova York e Washington para expressar seu descontentamento com a saída americana do pacto. Muitos ativistas também se reuniram na frente da Casa Branca para protestar contra a decisão do presidente Donald Trump.
(Com Agência Brasil)