Considerado um mito do tênis mundial, Roger Federer luta para se manter no topo do ranking da ATP mesmo próximo de chegar a 31 anos e duelando com jovens e velozes como Novak Djokovic, Rafael Nadal e Andy Murray. Para integrantes do circuito de veteranos, o suíço ainda tem muito a proporcionar ao esporte e está longe de pensar no Champions Tour.
Aos 39 anos, Fabrice Santoro viveu ativamente o período de domínio de Federer, antes mesmo da evolução de Djokovic, Nadal e Murray. O francês considera que o ex-número 1 ainda está em condições de competir em alto nível.
‘Eu acho que o Federer pode continuar no circuito por mais três, quatro ou cinco anos por causa de sua técnica que é tão perfeita, então diminui o desgaste’, opinou o campeão da Copa Davis pela França em 2001.
Ainda vivo no Masters Series de Madri, Federer pode ganhar ainda nesta semana uma posição no ranking. Beneficiado pela queda prematura de Nadal, nas oitavas de final diante do espanhol Fernando Verdasco, o suíço alcança o segundo lugar na lista caso levante o título no saibro azul.
‘Eu vejo o Federer com gosto pelo jogo, esse é o segredo, por isso pode jogar por muitos e muitos anos’, completou Santoro, que deixou o circuito profissional da ATP em 2010, aos 37 anos.
O sueco Thomas Enqvist, dono de um cartel com 11 títulos no circuito da ATP e duas finais em Grand Slam, vai além: ele não vê a chance de mudanças no topo do ranking nas próximas temporadas em função da qualidade esmagadora de Djokovic, Nadal, Federer e Murray em comparação aos adversários.
‘Acredito que há uma distância em relação aos outros jogadores, esses quatro atletas têm um grande domínio do jogo. Não acredito que possa mudar agora’, comentou o tenista, que teve como melhor ranking na carreira o oitavo lugar em 1999.