O ex-volante francês do Arsenal, Emmanuel Petit, que pendurou as chuteiras em 2004, defendeu o técnico dos ‘Gunners’ Arsène Wenger, ao declarar nesta segunda-feira na BBC que o clube londrino cometeria um “grande erro” se demitir seu compatriota, no cargo há quinze anos.
“Arsène ainda é a solução para o Arsenal. Tirar ele do clube seria um grande erro. Se isso acontecer, precisaria encontrar um grande treinador para construir uma nova equipe a longo prazo, mas seria muito difícil”, explicou Petit.
“Acredito que Wenger tem que ficar no cargo, mas é necessário mudar a política do clube em relação às contratações para deixar o time mais competitivo”, admitiu.
O técnico francês, de 62 anos, vem sendo criticado por se mostrar muito cauteloso no mercado de transferências, apostando praticamente apenas na contratação de jovens promessas.
“O problema é que a equipe é fraca mentalmente. Tem talento, mas precisa de jogadores experientes, com capacidade de liderança para orientar os mais jovens”, completou Petit.
As carências do Arsenal ficaram ainda mais evidentes na última quarta-feira, quando foi atropelado por 4 a 0 pelo Milan em San Siro na partida de ida das oitavas de final da Liga dos Campeões.
No último domingo, os ‘Gunners’ foram eliminados da Copa da Inglaterra ao perder por 2 a 0 fora de casa contra o Sunderland.
Wenger já começou a temporada com o pé esquerdo, com a humilhação da goleada histórica de 8 a 2 sofrida no dia 28 de agosto contra o Manchester United em Old Trafford.
Petit, de 41 anos, foi treinado pelo compatriota no Arsenal de 1997 a 2000, conquistou o Campeonato Inglês e a Copa da Inglaterra em 1998, e no mesmo ano fez o terceiro gol da vitória por 3 a 0 da França contra o Brasil na Copa do Mundo que seu páis venceu como anfitrião.
Quarto colocado do Campeonato Inglês a 17 pontos do líder City, eliminado das duas Copas Inglesas e praticamente fora da ‘Champions’ (precisa vencer por quatro gols de diferença o Milan na partida de volta no Emirates Stadium), o Arsenal praticamente perdeu a esperança de acabar com o jejum de títulos que amarga desde 2005.
No início da era Wenger, o clube londrino sagrou-se campeão inglês três vezes (1998, 2002 e 2004) e faturou quatro Copas da Inglaterra (1998, 2002, 2003, 2005).