Redação Central, 14 mar (EFE).- O Corinthians empatou em 0 a 0 com o Cruz Azul nesta quarta-feira, na Cidade do México, em confronto direto pela liderança do grupo 6 da Taça Libertadores, e se manteve na segunda posição, mas terá a chance de alcançar a ponta daqui a sete dias, quando enfrentará o mesmo adversário no Pacaembu.
Com o empate, o Timão alcançou os cinco pontos, dois a menos que o Cruz Azul. O terceiro colocado é o Nacional-PAR, que na terça-feira derrotou o Deportivo Táchira por 3 a 2 e agora soma três pontos, contra um dos venezuelanos.
Sem se abater com a rescisão do contrato do atacante Adriano, bomba que estourou no Parque São Jorge nesta semana, o time paulista foi melhor no primeiro tempo e no começo do segundo, mas passou algum sufoco nos últimos minutos e contou com o zagueiro Chicão, que salvou uma bola em cima da linha, para voltar do México com um ponto para casa.
Mesmo jogando fora de casa, o Corinthians buscou o ataque no começo, e logo aos cinco minutos do primeiro tempo teve uma boa chance. Liédson recebeu de Ralf e tocou para a Alex, que bateu com força de longe e finalizou perigosamente à esquerda.
Quatro minutos depois, Danilo apareceu aberto pela direita e levantou para o meio. Paulinho matou no peito e bateu bonito, encobrindo a meta do goleiro Corona.
O Timão marcava bem, e o Cruz Azul tentava trocar passes para encontrar uma brecha na defesa adversária. Aos 20, Cortés tentou a jogada individual e cruzou com efeito da esquerda. A bola tomou uma rota inesperada, e Júlio César teve que socar para afastar.
Cria do Bahia, o meia brasileiro Maranhão foi lançado na frente, pela direita, cortou a marcação e encheu o pé. O camisa 1 corintiano espalmou e evitou que a bola entrasse.
Júlio César voltou a brilhar em seguida, aos 34. De muito longe, Gímenez tentou a sorte e pouco não surpreendeu o goleiro, que espalmou para a direita. Na sobra, a defesa do Corinthians afastou.
Depois de ter sido incomodado em dois lances seguidos, o Timão teve a melhor oportunidade da primeira etapa, aos 43 minutos. Fábio Santos cruzou da esquerda para a área, buscando Liédson. Querendo afastar, Domínguez jogou contra a própria meta, e Corona teve que se esticar todo para defender.
O time paulista continuou atacando mais após o intervalo, e esteve perto do gol aos dez minutos do segundo tempo. Liédson falhou a tentar dominar, mas tocou de bicicleta para trás, onde estava Paulinho. Bem colocado, o volante teve tudo para marcar, mas errou o alvo.
Três minutos depois, o próprio Paulinho caprichou mais no chute, após ser acionado por Leandro Castán, mirando o canto esquerdo. A bola tirou tinta da trave e saiu.
Empurrado pela torcida, o Cruz Azul foi crescendo no jogo com o tempo, e aos 29 minutos Júlio César teve pouco o que fazer, ficando apenas observando. Maranhão cobrou escanteio e, sozinho na direita, Flores completou muito perto da trave.
Os minutos finais foram de pressão dos mexicanos, que aos 34 tiveram a oportunidade na bola parada, depois que Maranhão foi empurrado por Chicão. Apesar de quase não ter ângulo, Giménez bateu direto e o goleiro defendeu.
Aos 44, no lance mais perigoso e incrível do jogo, o Timão escapou da derrota graças a Chicão. Depois do levantamento da esquerda de Maranhão, Bravo tirou de Júlio César na cabeçada, e o zagueiro cortou em cima da linha.
Ainda houve tempo para o Corinthians responder, já nos acréscimos, aos 46. Paulinho invadiu a área no contra-ataque e soltou a bomba. Corona defendeu bem e garantiu a igualdade.
Ficha técnica:.
Cruz Azul: Corona; Flores, Pereira, Domínguez (Mariaca) e Cortés; Castro (Bravo), Gutiérrez, Maranhão e Giménez; Orozco e Villa (Perea). Técnico: Enrique Meza.
Corinthians: Julio César; Edenilson, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo (Élton) e Alex; Jorge Henrique (Ramirez) e Liédson (Emerson). Técnico: Tite.
Arbitragem: Carlos Vera (Equador), auxiliado por seus compatriotas Juan Cedeño e Douglas Bustamante.
Cartão amarelo: Paulinho (Corinthians). EFE