Comitê vende lugares que não existem nas arenas

Público que assiste à natação e ao basquete têm problemas para encontrar as cadeiras correspondentes às entradas compradas

Por Cecília Ritto SEGUIR SEGUINDO 7 ago 2016, 14h46

Em algumas cadeiras anunciadas como tendo "visão parcial", não é possível enxergar as raias da piscina (Cecilia Ritto/Veja/)

Torcedores que compraram ingressos para as disputas de basquete e natação têm enfrentado dificuldades para encontrar seus assentos nos estádios. Alguns dos lugares vendidos pelo comitê organizador sequer existem dentro das arenas. Nas eliminatórias de natação, na tarde deste domingo, ingressos de 350 reais não correspondiam a nenhuma cadeira. “Isso tem acontecido”, respondeu uma voluntária quando informada sobre o problema.

Cinco minutos antes de começar a disputa no parque aquático, as pessoas foram realocadas para lugares vazios — alguns com vista melhor e outros, pior. O mesmo aconteceu no sábado, na partida de basquete, a aguardada estreia dos Estados Unidos contra a China.

Pilastras

Apesar de o Comitê organizador ter tentado vender pela metade do preço os assentos atrás das pilastras no parque aquático, poucos compraram. As cadeiras foram anunciadas como tendo “visão parcial”, mas em algumas delas sequer é possível enxergar as raias da piscina. “No meu caso, eu sequer sabia que teria uma pilastra na frente. Estou muito decepcionado. Não foi barato, gastei 160 reais”, diz Marcelo Lobato, de 46 anos, que se aperta no canto da cadeira para conseguir assistir às provas.