Maria Filó pede desculpas por blusa com estampa de escravos
Marca diz que se inspirou nas obras do pintor francês Debret
A marca Maria Filó se envolveu em uma polêmica ao tentar vender uma blusa com desenhos de escravas negras servindo mulheres brancas. A consumidora Tâmara Isaac ficou chocada com a estampa e escreveu um textão no Facebook, nesta quinta-feira, para desabafar. “Começo a olhar as roupas e me pergunto: Confere? É uma estampa de escravas entre palmeiras. É uma escrava com um filho nas costas servindo uma branca? Perguntei à vendedora se aquela estampa tinha alguma razão de ser ou se era só uma estampa racista mesmo. Ela, me dirigindo à palavra pela primeira vez, não soube responder”, contou. A grife emitiu um comunicado de desculpas informando que a peça será recolhida.
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Após o desabafo da consumidora, a página do Facebook da marca foi invadida por vários comentários acusando a Maria Filó de racismo, e a hashtag #MariaFiloRacista se espalhou nas redes sociais.
Tentando conter a crise, a marca passou a responder a todos os comentários pedindo desculpas pela estampa, e que a intenção da coleção era homenagear o pintor Jean-Baptiste Debret, que visitou o Brasil no século XIX, junto com a Missão Artística Francesa. “Gostaríamos de fazer um esclarecimento. A estampa em questão buscou inspiração na obra de Debret. Em nenhum momento tivemos a intenção de ofender. Pedimos sinceras desculpas e informamos que já estamos tomando as devidas providências para que a estampa seja retirada das lojas”, diz a resposta padrão da Maria Filó.