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Ashton Kutcher, o ás da comunicação virtual

Não bastasse ser casado com Demi Moore, o ator é um empreendedor de sucesso na internet

Por Rodrigo Levino
30 jan 2011, 15h22

No Brasil desde a última quinta-feira, para participar da São Paulo Fashion Week, o ator tem causado frisson postando no mensagens em português claudicante. É um tipo de charme que Kutcher usa como parte de sua filosofia – “conecte-se, compartilhe, colabore”

Em novembro de 2009, durante uma palestra para executivos de comunicação em Nova York, perguntaram ao ator Ashton Kutcher qual era o segredo do seu sucesso no Twitter. Na época, ele tinha 4,5 milhões de seguidores no microblog (hoje são 5,7 milhões). De pronto, Kutcher arrematou: “namorar a Demi Moore”. Uma meia verdade que levou a platéia às gargalhadas.

No Brasil desde a última quinta-feira, para participar da São Paulo Fashion Week, o ator tem causado frisson postando mensagens em português claudicante. É um tipo de charme que Kutcher usa como parte de sua filosofia – “conecte-se, compartilhe, colabore” – e que o ajuda a embolsar milhões de dólares como um ás da comunicação virtual.

Com vinte filmes no currículo que, juntos, não rendem uma nota de rodapé na história do cinema, Kutcher se tornou conhecido no começo dos anos 2000 pelo papel do abobalhado Kelso na sitcom That ’70s Show e como apresentador de pegadinhas com celebridades no programa Punk’d, da MTV. Os holofotes miraram o ator de fato quando ele se casou com a atriz Demi Moore, 16 anos mais velha, em 2005.

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Dois anos antes, em sociedade com o produtor Jason Goldberg, Kutcher havia criado a Katalyst Media, para capitalizar a notoriedade do seu personagem no programa That ’70s Show. Com exceção de um mini reality show na própria empresa, com vídeos de cinco minutos postados no Youtube que em três meses foram vistos por mais de 10 milhões de pessoas, a Katalyst patinou nas iniciativas.

O salto aconteceu em outubro de 2009, quando a ex-executiva do Yahoo! Sara Ross juntou-se à dupla e armou uma ação beneficente em parceria com a ONU que entrou para a história das redes sociais. Kutcher, então com 750.000 seguidores, desafiou a rede CNN: quem primeiro atingisse um milhão de seguidores no Twitter, doaria 100.000 dólares para o combate à malária.

A CNN entrou no jogo com flashes ao vivo acompanhando a contagem de seguidores e o envolvimento de estrelas da casa como o apresentador Larry King. Kutcher levou a melhor e 900.000 mil dólares foram arrecadados para a causa. Como se diz no meio, foi um “case”, expressão que denota sucesso de uma empreitada.

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Desde então, a Katalyst atraiu grandes empresas como a Kellogg e a Nestlé, interessadas em divulgar ações beneficentes patrocinadas pelas marcas. Com a Pepsi, a empresa firmou uma parceria que permite aos consumidores escolherem, até março deste ano, o novo sabor do refrigerante Mountain Dew e produzirem comerciais personalizados que são exibidos nas páginas da marca no Facebook e no Twitter. As partes envolvidas não divulgam os valores do contrato, mas, estima-se no mercado que não se faça, cada uma das consultorias, por menos de 2 milhões de dólares.

Com esse rol de sucessos, Kutcher tem ajudado a desvendar alguns mistérios da internet, como, por exemplo, ganhar dinheiro e se comunicar satisfatoriamente com o público sem perder a credibilidade. De tão bem que as coisas andam para os negócios virtuais do cantor, uma comparação com a produtora de cinema de mesmo nome que ele mantém em Hollywood parece covardia. Spread, o último filme estrelado e produzido por Kutcher, arrecadou míseros 250.000 dólares.

Por uma palestra como a que creditou à namorada o sucesso nas redes sociais, ele embolsa de 100.000 a 200.000 dólares, mesmo valor cobrado por nomes como o ex-presidente Bill Clinton. Kutcher consegue uma média de 5.000 novos seguidores por dia no Twitter. No fim das contas, faz algum sentido perder dinheiro produzindo filmes ruins. É como ele parece se divertir, já que a internet virou um grande negócio.

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