Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

‘A Maldição da Floresta’ e o terror decrescente

Nos cinemas a partir de 6 de outubro, o longa começa como um forte expoente do horror, mas perde as qualidades no desenrolar do enredo

Por Mabi Barros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 out 2016, 16h22

Na linha dos clichês do gênero, A Floresta Amaldiçoada começa com um casal — Adam (Joseph Mawle) e Clare (Bojana Novakovic) — de mudança para uma área remota da Irlanda, uma área cercada pela floresta. Imediatamente, eles são alertados pelo estranho vizinho Colm (Michael McElhatton) sobre os horrores que se alojam no mato: caso incomodadas, as criaturas se voltam para o vilarejo em busca de criancinhas. Porém, o cético Adam foi contratado justamente para estudar as árvores em torno de sua casa, e ignora as recomendações do vizinhos enquanto explora a floresta com seu bebê, Finn, e o cachorro da família.

Em uma de suas empreitadas, o ambientalista encontra uma cabana abandonada e, na contramão dos instintos de sobrevivência, resolve conferir o que há lá dentro. À primeira vista, Adam encontra apenas um veado em decomposição, mas um olhar minucioso vai revela mais: há uma estranha substância preta escorrendo do animal. Mais uma vez ignorando os perigos, ele leva uma amostra da substância para casa, a fim de estudá-la. É aí que descobre uma espécie de fungo-zumbi, que ataca as células hospedeiras e as controla — uma descoberta científica real, não uma construção horrorífica.

Como de praxe, o espectador é primeiro a ser introduzido nos estragos causados pelas criaturas malvadas da floresta, antes de checar o belo trabalho da direção de arte na construção de bestas humanoides — baseadas em antigas lendas irlandesas. Diferente da moda entre os filmes de terror, A Maldição da Floresta não gira em torno de questões adolescentes, mas adultas como a preservação da natureza e a família. Mas, infelizmente, o filme segue os chavões do gênero, como deixar o pequeno Finn sozinho e desprotegido diante da ameaça dos monstros lá fora, que atacam o quarto da criança.

LEIA TAMBÉM
O horror estiloso de ‘Demônio de Neon’
‘12 Horas para Sobreviver’ e Mick Jagger nos cinemas

A partir de então, uma onda de tensão se projeta do filme, e o mínimo barulho fora do normal pode levar a pulos na cadeira do cinema. Mas, ao invés de seguir a boa sequência construída até o momento, o diretor e roteirista Corin Hardy salta logo para a selvageria, e o terror pelo terror guia o clímax do filme. Ao mesmo tempo, este é um daqueles filmes que transpiram a certeza de que no final dará tudo certo, mesmo com alguns prejuízos. Uma pena.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.