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Paulistanas driblam dificuldades e vão aos EUA com a bola nos pés

Moradoras de uma das regiões mais pobres de São Paulo, as amigas Thayla e Ana Paula vão estudar e jogar futebol em universidades americanas

Por Mateus Silva Alves Atualizado em 10 jun 2017, 07h21 - Publicado em 10 jun 2017, 07h06

As universidades dos Estados Unidos são pagas, e caras, o que obviamente dificulta o acesso a elas para quem não pertence às classes mais abastadas da população brasileira. Há, no entanto, caminhos para driblar esse empecilho, e eles foram percorridos por duas paulistanas que viverão a partir do segundo semestre o sonho de “fazer a América”.

As amigas Thayla Ventura Grigorio, de 19 anos, e Ana Paula Silva Santos, de 18, são moradoras da zona leste de São Paulo que buscaram no futebol um meio de melhorar suas vidas. E, embora ainda estejam longe de se tornarem profissionais da bola, elas já conseguiram esse objetivo. Tudo começou quando as duas participaram de um projeto desenvolvido em conjunto pelo Consulado Americano em São Paulo, o Sesc e a escola de inglês Alumni, o Estrelas do Futebol, que dava a meninas de famílias de baixa renda a chance de estudar inglês e, ao mesmo tempo, fazer parte de uma equipe de futebol.

O projeto durou apenas um ano, mas, por serem talentosas e bastante esforçadas, Thayla e Ana Paula foram selecionadas para continuar no curso de inglês, sem custos, o que fizeram por mais dois anos. Ao fim desse período, elas foram convidadas pelo Education USA para tentar uma vaga em uma universidade americana. E conseguiram ser aprovadas.

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Sempre quis ser profissional do futebol, mas também sempre quis levar os meus estudos até o fim. Nos Estados Unidos isso será possível”, conta Thayla, que estudará no Trinidad State Junior College, no estado do Colorado, e joga como zagueira. “Meu objetivo é me destacar na liga universitária e depois entrar para um clube profissional nos Estados Unidos”, diz Ana Paula, meio-campista que vai para a William Carey University, no estado do Mississipi.

Apesar da empolgação com a proximidade da viagem, que ocorrerá em julho, as duas lamentam não irem para a mesma universidade, nem terem obtido bolsas totais – Thayla terá de pagar 3 mil dólares (R$ 9,8 mil) por ano e Ana Paula, 1,4 mil (R$ 4,6 mil). Para os padrões de suas famílias, é muito dinheiro, mas todos garantem que farão o que for necessário para bancar a aventura das duas.

Enquanto julho não chega, elas se preparam para o maior desafio de suas vidas. Thayla e Ana Paula vão morar em lugares que não conhecem, cercadas por pessoas que não conhecem. E isso, não há como negar, dá um pouco de medo. “Por um lado, quero que chegue logo a data da viagem, mas por outro lado não, pois minha família e meus amigos vão ficar todos em São Paulo. É um pouco assustador”, admite Ana Paula.

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