Por Marina Dias
Enquanto as crianças e adolescentes ainda aproveitam as férias escolares, os pais já se preocupam com a compra do material escolar para 2009. E, de fato, é preciso estar atento na hora de pegar as listas e sair às compras, pois os preços de um mesmo item podem oscilar mais de 300% em diferentes papelarias e livrarias, como constatou levantamento feito por VEJA.com junto a lojas de São Paulo e Rio de Janeiro entre os dias 5 e 12 de janeiro.
Os pontos de venda foram escolhidos aleatoriamente, respeitando dois critérios: as lojas devem oferecer ao menos 50% dos itens básicos das listas escolares e estar localizadas em diferentes regiões das respectivas cidades. Clique aqui para conferir a tabela de comparação de preços.
Giz e caderno – A campeã do ranking que mede o abismo entre os preços é a caixa de giz de cera com 12 unidades, item obrigatório dos estudantes nos primeiros anos de escola: para o produto, a diferença de valor entre papelarias cariocas chega a 312% – isso mesmo: a melhor oferta é cerca de quatro vezes mais barata do que o pior preço. Já entre os populares cadernos universitários – item obrigatório a quase todos os estudantes -, a disparidade é da ordem de 70% em São Paulo e quase 300% no Rio.
Por conta dessas diferenças, pesquisar é fundamental, aconselham os especialistas. No caso de uma lista típica de alunos do ensino fundamental, que normalmente inclui dezenas de itens, pode-se economizar ou desperdiçar uma boa quantia, dependendo da escolha da papelaria ou livraria em que se vai adquirir o material.
Dicas – “A primeira coisa a fazer é comparar os preços”, lembra Ricardo Araújo, professor de macroeconomia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ). Caso o orçamento familiar esteja apertado, os pais podem parcelar a compra. “O material escolar representa um valor significativo no orçamento doméstico. Vale a pena estudar a possibilidade de comprar em duas etapas: o mais urgente, no primeiro semestre, e depois, no segundo, complementar a lista, de acorco com a necessidades dos filhos”, sugere Selma do Amaral, assistente de direção da Procuradoria de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP).
Já a advogada Juliana Ferreira, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), dá uma dica pouco lembrada: “Os pais podem formar grupos de compra, pois assim ganham força na hora de pedir descontos, negociando grandes quantidades”. Confira as principais dicas no quadro a seguir.