Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Vale mantém otimismo para demanda de minério pela China

Ações preferenciais da Vale acumulam queda de 34% este ano, registrando performance pior que a do Ibovespa e que as das rivais BHP Billiton e Rio Tinto

Por Da Redação
1 jul 2013, 16h05

A Vale não enxerga uma deterioração no apetite da China por minério de ferro, apesar da recente turbulência nos mercados, afirmou o diretor executivo de Ferrosos e Estratégia da empresa, José Carlos Martins. Segundo ele, a Vale espera completar seus planos de expansão, mesmo com suas ações sendo negociadas nos menores preços em quatro anos.

Uma campanha agressiva do banco central chinês para controlar o crédito no mês passado, em combinação com a desaceleração na segunda maior economia do mundo e as especulações sobre o fim do programa de compra de bônus do Federal Reserve, fez com que o dólar avançasse e prejudicasse as commodities e os ativos de mercados emergentes.

Martins, no entanto, disse que a Vale “não sentiu um impacto negativo em termos de demanda” e que vê o lado bom da recente depreciação do real. “Misturando tudo isso – os efeitos positivos e negativos de toda essa confusão – a verdade é que não tivemos muitas mudanças no cenário para o minério de ferro”, disse, em entrevista. Ele comentou que o renminbi chinês “foi uma das poucas moedas dos países emergentes que não sofreu”, o que significa que os custos da Vale em relação à produção de minério de ferro na China declinaram.

Leia também:

Ação da Vale tem cotação mínima em 4 anos após temor sobre China

Continua após a publicidade

Código de mineração é passo para destravar setor, diz presidente da Vale

Mesmo assim, as ações preferenciais da Vale acumulam queda de 34% este ano, registrando performance pior que a do Ibovespa e que as das rivais BHP Billiton e Rio Tinto. Nos últimos meses, o papel tem se mostrado muito sensível a dados econômicos da China, responsável por metade da produção mundial de aço e que estabelece os preços de referência globais do minério de ferro. O gigante asiático é o maior mercado da Vale. Investidores temem que os esforços atuais das autoridades chinesas de direcionar seu modelo econômico dos investimentos para o consumo possam prejudicar o crescimento do país e afetar a demanda por metais.

Martins, que viaja com frequência à China e que acredita conhecer o país “melhor do que muitos analistas”, diz que a alta taxa de poupança dos chineses vai dar ao governo flexibilidade para ajustar a política econômica.

“Apesar de todos os problemas, o que vejo das autoridades chinesas é um pragmatismo extraordinário no que diz respeito à economia”, avaliou o executivo. “Mesmo agora, com o mundo inteiro preocupado com a liquidez, eles diminuíram a liquidez. E esta é uma medida absolutamente ortodoxa que nem mesmo os rapazes em Chicago teriam tomado.”

Continua após a publicidade

Segundo Marins, existe uma “assimetria” entre as percepções de curto prazo do mercado, refletidas no preço da ação da Vale, e a natureza de longo prazo do negócio de mineração. O aperto de capital chinês, diz ele, poderá acabar sendo positivo ao permitir que a economia fique com uma base mais forte.

Demanda – Com a expectativa de que a população chinesa continue migrando para cidades e exija mais infraestrutura e moradias, a Vale projeta que a produção de aço do país atinja um pico de cerca de 1 bilhão de toneladas por ano entre 2025 e 2030, ante quase de 800 milhões de toneladas no presente. Por isso, prevê Martins, a demanda por minério continuará forte, embora não no ritmo “exuberante” de crescimento visto na última década. “Eu diria que hoje o impacto maior no preço vem do lado da oferta, e não do lado da demanda”, disse Martins.

Já o aumento da produção da Rio Tinto e BHP tem pesado no mercado de minério desde o primeiro trimestre, quando os preços de referência se aproximaram de US$ 160,00 por tonelada. O preço de referência do Steel Index para o minério com teor de 62% de ferro ficou em US$ 116,50 por tonelada na semana passada.

“Acreditamos que esta situação vai se manter no terceiro trimestre, até que a produção adicional seja absorvida”, comentou Martins. “Mas acreditamos que os preços terão alguma recuperação até o fim do ano.”

Continua após a publicidade

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.