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Empresário vende ‘colchão gourmet’ e fatura R$ 15 milhões por ano

Após viver uma crise, Cia do Sono reinventou-se com a produção de colchões personalizados, atendimento em casa e "assistência vitalícia" para os clientes

Por Teo Cury 7 nov 2016, 16h08

Fundada em 1987, a fábrica de colchões Cia do Sono não andava muito bem das pernas quando, em 2012, Felipe Pedroso assumiu o comando da empresa, criada por seus pais. Depois de uma ida de seu pai ao médico para tratar um problema na coluna, Abio Pedroso recebeu a sugestão de passar a usar um colchão feito especialmente para ele para que tivesse uma noite de sono melhor.

Felipe passou a estudar o colchão recomendado pelo médico do pai e decidiu produzir ele mesmo um modelo similar. Vendo que não apenas a solução era possível como ela poderia ser adotada perla empresa da família, ele deu início à produção do “colchão gourmet” – e, a partir daí, a empresa se recuperou do mau momento em que estava.

“O modelo da empresa, criada por meus pais, era o da venda porta a porta”, lembra Felipe. “O produto sempre foi muito bom, mas era preciso se adequar ao contexto atual. Era preciso mostrar que a gente não era uma simples fábrica de colchões.”

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A Cia do Sono especializou-se na produção de colchões artesanais, feitos para cada cliente de maneira individual. Um dos destaques da empresa hoje é o colchão com espuma mista para um casal com pesos completamente diferentes. “A espuma é dividida de forma distinta. O lado ocupado por um homem, com 110 kg, por exemplo, precisa de um material completamente diferente do ocupado por uma mulher de 50 kg”, explica Pedroso.

Para personalizar o produto de acordo com o cliente, a empresa analisa o colchão em que ele dorme, se o cliente tem histórico de problema na coluna, como é a postura durante o dia (se trabalha de pé ou sentado). A partir desses fatores, o produto começa a ser fabricado.

“O cliente vai até a nossa loja ou vamos até a casa dele. Medimos a distância da cama até o chão, a posição em que a pessoa dorme, seu peso e altura. Só depois do atendimento é que começamos a produção.”

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“Assistência vitalícia”

O slogan da empresa é “colchão para a vida toda”. Diferentemente de empresas tradicionais, que muitas vezes buscam vida útil menor para que a busca por um novo colchão aumente no curto prazo, a Cia do Sono oferece uma “assistência vitalícia” no modelo antigo por 25% do valor do produto. Dessa forma, melhorias podem ser feitas para que o colchão dure por muito tempo.

Os produtos podem ser motorizados, com opção de levantar as costas, as pernas, fazer massagem, ser antialérgico e até mesmo ter efeito terapêutico. “O que mais sai é o que possui infravermelho e que possibilita um sono profundo mais rápido. As pessoas hoje em dia querem relaxar”, diz o empresário. Os preços vão de 900 reais, no caso do modelo mais simples, a 25.000 reais, para os mais completos, equipados com diferentes funcionalidades.

O atendimento não se limita à venda. Depois de 24 horas da compra, os vendedores ligam para o cliente para saber como foi sua primeira noite de sono. “A grande maioria já sente diferença na primeira noite”, assegura Pedroso. Segundo ele, a adaptação completa pode levar de dez a vinte dias.

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Para este ano, a expectativa é de faturamento de 15 milhões de reais. Mesmo em um cenário de crise econômica no país, a empresa deve igualar as vendas do ano passado. Em 2017, o objetivo é abrir no mínimo vinte lojas e expandir as exportações. Hoje, a Cia do Sono exporta para Estados Unidos e Angola. Em 2017, ela quer ampliar a lista de destinos.

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