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Governo federal ignora municípios, diz presidente da FNP

Em São Paulo, atual prefeito de Belo Horizonte falou sobre as dificuldades que os prefeitos eleitos vão enfrentar e teceu críticas a Alexandre Kalil (PHS)

Por Nicole Fusco Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 nov 2016, 14h28

O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), criticou nesta segunda-feira a relação entre o governo federal e os municípios. Para ele, as cidades “são o centro das soluções de sustentabilidade e busca por qualidade de vida”, mas não são vistas com a relevância que deveriam pelo governo federal. “Muitas decisões são tomadas sem que os municípios sejam ouvidos”. “Os cidadãos moram nas cidades, não nos governos federal ou estadual”, completou. Presidente da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), Lacerda apresentou hoje em São Paulo os temas do primeiro encontro nacional dos novos prefeitos, que ocorrerá em abril de 2017. 

De acordo com ele, a principal demanda dos prefeitos que assumirão seus postos em 1° de janeiro, diante da atual crise econômica, é justamente o pacto federativo. “O fato de não termos um planejamento integrado para o país dificulta muito”. Outra preocupação do prefeito é a definição do que sejam os restos a pagar que, segundo ele, “geram uma insegurança muito forte para o prefeito em fim de mandato”. “Queremos apenas a definição que o Tribunal de Contas da União entendeu para as contas da União do que são restos a pagar.”

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Outra agenda importante para os próximos prefeitos em relação à recuperação das contas municipais, de acordo com o prefeito, é a reforma da Previdência. “O que se recomenda é tentar salvar o que existirá daqui pra frente, ou seja, a previdência de novos funcionários”, disse. O tema, no entanto, deve ser discutido pelas cidades grandes, já que exige “técnica e transparência”.

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Apesar da necessidade de cortas gastos e direcionar melhor os recursos públicos, Lacerda disse que o momento é difícil para isso por causa da “desconfiança na ação política”. “Estamos vivendo um momento difícil para a política. Há uma desinformação da sociedade sobre o que isso significa”, disse.

Eleições municipais – e de 2018

Larcerda também comentou sobre a eleição do prefeito Alexandre Kalil (PHS) na capital mineira. Embora ele tenha apostado durante a campanha na imagem bom gestor, Kalil “é um político até os fios de cabelo”, segundo o atual prefeito. “Ou ele vai fazer uma grande gestão ou será cassado antes de completar doze meses de prefeitura”, afirmou Lacerda. “Espero que dê tudo certo”, ponderou.

A respeito do senador Aécio Neves (PSDB-MG), Lacerda disse que o PSDB “foi bem de maneira geral” e que, consequentemente, o parlamentar também. “O resultado ruim em Belo Horizonte não significa que ele foi derrotado ‘sem perdão'”. Aécio apostou no peessedebista João Leite, que saiu derrotado no segundo turno com 47,02% dos votos ante 52,98% de Kalil – o que significou a terceira derrota do senador em sua terra natal. “Aécio tem a capacidade de recuperação muito forte e como presidente do partido, o espaço está preservado, mas que a atuação dele está diminuída em Belo Horizonte, isso não dá para negar”, concluiu.

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