Carne Fraca: BRF retoma produção em unidade interditada

Empresa coloca em funcionamento fábrica na cidade de Mineiros (GO), que abate aves e estava parada desde o dia 17 de março

Por Da redação
Atualizado em 11 abr 2017, 10h42 - Publicado em 11 abr 2017, 10h37

Carne - frigorífico - BRF em Chapecó SC — A liberação do funcionamento da unidade da BRF em Mineiros (GO) ocorreu no último sábado, e a empresa retomou as atividades nesta terça por conta da preparação necessária (NELSON ALMEIDA/AFP)

A BRF voltou nesta terça-feira a utilizar sua unidade na cidade de Mineiros (GO), que estava parada em razão da Operação Carne Fraca. A fábrica foi interditada no dia 17 de março, por conta da deflagração da operação da Polícia Federal que investiga se houve fraudes na liberação de mercadorias de frigoríficos. A operação causou impactos no comércio exterior de carne, com dezenas de países adotando restrições, reforçando fiscalização e até suspendendo temporariamente a compra dos produtos nacionais.

A liberação do funcionamento ocorreu no último sábado, e a empresa retomou as atividades nesta terça-feira após a preparação necessária para o local. A unidade de Mineiros é responsável por cerca de 5% da produção da BRF e tem capacidade para abater 26.000 perus e 115.000 frangos por dia.

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Ela havia sido interditada no dia em que a Operação Carne Fraca foi realizada e divulgada, e depois entrou em uma lista do Ministério da Agricultura com 21 empresas que teriam fiscalização reforçada por conta da operação da PF. A pasta identificou então problema “de ordem econômica”, relacionados à quantidade de água além do permitido em frangos congelados.

Sobre a liberação, BRF disse que testes posteriores indicaram divergência entre os resultados obtidos pelo ministério e os realizados pela sua equipe. “Cabe ressaltar que existem inúmeras variáveis que podem interferir nos resultados de Drip Tests realizados em frangos congelados, tais como condições de transporte e acondicionamento do frango assim como questões fisiológicas. A BRF já solicitou contraprova junto ao MAPA e está realizando uma verificação nos seus controles de processo na fábrica e centros de distribuição”, disse em nota.

A empresa comunicou que, apesar de o problema não trazer riscos à saúde, vai manter os produtos envolvidos na divergência retidos, e que espera o resultado da contraprova dentro de alguns dias.