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Mais antigo fóssil de ataque de aranha é descoberto

Pesquisador americano encontra peça de âmbar, datada do início do período Cretáceo, entre 97 milhões e 110 milhões de anos atrás, com aracnídeo investindo contra uma vespa

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h26 - Publicado em 11 out 2012, 11h59

Há cerca de 100 milhões de anos, por muito pouco uma aranha não saboreou sua vítima. Algumas frações de segundo antes de colocar suas presas numa indefesa vespa aprisionada na teia, uma resina de árvore congelou no tempo o único fóssil conhecido de um ataque de aranha. O fóssil foi encontrado em Mianmar e descrito em um artigo no periódico Historical Biology pelo professor do departamento de zoologia da Universidade do Estado de Oregon (EUA), George Poinar Jr.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Predatory behaviour of the social orb-weaver spider, Geratonephila burmanica n. gen., n. sp. (Araneae: Nephilidae) with its wasp prey, Cascoscelio incassus n. gen., n. sp. (Hymenoptera: Platygastridae) in Early Cretaceous Burmese amber

Onde foi divulgada: revista Historical Biology

Quem fez: George Poinar Jr.e Ron Buckley

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Instituição: departamento de zoologia da Universidade do Estado de Oregon (EUA)

Dados de amostragem: Peça de âmbar que guarda preservados uma aranha e uma vespa, do início do período Cretáceo, entre 97 milhões e 110 milhões de anos atrás.

Resultado: descoberta do mais antigo e único fóssil conhecido a retratar um ataque de aracnídeo.

A peça de âmbar – uma substância derivada de resinas de árvores e plantas pré-históricas que sofreram processos de fossilização – que guarda incrivelmente preservados o aracnídeo e o inseto data do início do período Cretáceo, entre 97 milhões e 110 milhões de anos atrás.

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“Essa aranha estava prestes a jantar a pequena vespa, que subitamente se viu aprisionada na teia”, diz Poinar. “Era o pior pesadelo da vespa. E o pesadelo nunca terminou”, afirma o professor ao site da Universidade do Estado de Oregon. De acordo com ele, o âmbar é o mais antigo e único fóssil conhecido a retratar um ataque de aracnídeo.

Além da ‘fotografia’ da investida da aranha, a mesma peça de âmbar contém o corpo de outra aranha, um macho. Segundo os pesquisadores, trata-se da mais antiga evidência de comportamento social entre aranhas. Esse tipo de convivência ainda existe, mas é bastante rara. A maioria das espécies de aranha hoje, ao contrário, é solitária e agressiva.

Tanto a aranha quanto a vespa da teia pertencem a espécies já extintas. A vespa, de acordo com Poinar, é de um grupo conhecido por parasitar ovos de aranhas e de outros insetos.

Apesar de as aranhas terem surgido há 200 milhões de anos, o mais antigo fóssil já encontrado do aracnídeo data de 130 milhões de anos atrás.

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