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Fim do império maia foi soma de mudanças climáticas, desmatamento e colapso do comércio

Segundo estudo, o colapso da civilização não foi “monolítico”, mas teve muitas fases que variaram

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h28 - Publicado em 22 ago 2012, 13h06

Há cerca de 1.300 anos, o império maia começou a entrar em colapso. Três séculos depois, veio o fim. Sobraram apenas enormes pirâmides e templos para atestar sua existência.

A decadência da civilização é um dos grandes mistérios da arqueologia. As teorias mais divulgadas apontam que mudanças climáticas, que provocaram secas devastadoras, foram responsáveis pelo desaparecimento da civilização.

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IMPÉRIO MAIA

O império maia, localizado onde hoje ficam a Guatemala, Honduras e o México, chegou ao auge no século 6 d.C. Sua população construiu templos, cidades e enormes pirâmides. Por volta do ano 900 d.C., o império entrou em colapso, após enfrentar um período de declínio que durou quase dois séculos. Cidades e vastas áreas foram abandonadas pela população. Os arqueólogos especulam se o declínio da civilização foi provocado por secas, desmatamento, guerras, doenças, colapso do comércio ou uma soma de todos esses fatores. (Fonte: Nasa)

Agora, um novo estudo, publicado nesta terça-feira no periódico científico PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences), afirma que não foi apenas a seca que desempenhou papel chave na destruição. Alterações humanas no ecossistema, como o desmatamento, e a decadência de rotas comerciais também foram fundamentais para o colapso.

“Este estresse ambiental foi complementado por uma mudança no comércio de toda a península, o que reduziu a economia e o poder da elite dominante para manter a infraestrutura dos meios de subsistência”, disse B. L. Turner Turner, um cientista Sustentabilidade da Universidade do Estado do Arizona, nos Estados Unidos (EUA) e um dos autores do estudo ao lado de Jeremy A. Sabloff, presidente do Instituto Santa Fé, um centro que estuda as relações do homem com a natureza. .

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Segundo Turner, essa decadência, somada à decisão de abandonar as terras baixas do império, em vez de manter o investimento, acelerou o colapso.

Os autores dizem que essa teoria reconhece o papel das mudanças climáticas e aquelas provocadas pelo homem, mas também reconhece o papel do comércio e das decisões tomadas pelos maias.

Segundo o estudo, o colapso da civilização não foi “monolítico”, mas teve muitas fases que variaram. “A única maneira de explicar essa variação é adotar uma visão complexa do sistema”, diz o artigo.

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Os cientistas afirma que o caso dos maias é um incentivo para o uso de analogias paleo-históricas para entender as atuais mudanças ambientais.

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