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Água pode ter chegado à Lua levada por asteroides, diz estudo

Se futuras missões científicas puderem extrair oxigênio das moléculas de água, os astronautas poderiam viver e respirar dentro de bases no local

Por Da redação
Atualizado em 1 jun 2016, 17h41 - Publicado em 1 jun 2016, 10h43

Uma equipe internacional de cientistas sugeriu que a água presente na Lua veio, majoritariamente, de asteroides que colidiram com a superfície lunar há bilhões de anos atrás, e não de cometas, como se acreditava. O estudo, publicado na última terça-feira (31) na revista Nature Communications, foi feito com amostras de rochas lunares trazidas pelas missões Apollo, da Nasa.

Tendo surgido da colisão entre a Terra e um planeta do tamanho de Marte, há cerca de 4,5 bilhões de anos, a Lua teria sido bombardeada por condritos carbonáceos – asteroides ricos em água e outros elementos voláteis – por dezenas de milhões de anos ou mais, segundo a pesquisa.

“A Lua pode ser vista como uma cápsula do tempo gigante, que preserva um registro histórico desde a sua formação”, afirmou a autora principal do estudo, Jessica Barnes, pesquisadora da The Open University, no sul da Inglaterra.

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Água na Lua – Depois que as missões Apollo coletaram rochas da superfície da Lua e as trouxeram para a Terra, cientistas passaram décadas convencidos de que o nosso vizinho celeste era completamente seco. Mas há quase uma década, novas tecnologias detectaram a presença de água naquelas amostras de poeira. Ao estudar os isótopos de hidrogênio e as proporções de carbono e nitrogênio das amostras, os pesquisadores concluíram tratar-se de vestígios de asteroides e cometas. Eles conseguiram comparar diversas amostras com asteroides, e apenas 20% delas foram compatíveis com os elementos dos cometas.

Embora os cientistas hoje tenham certeza de que há água retida na Lua, eles não sabem em que quantidade, disse o coautor Roman Tartese, pesquisador do Instituto de Mineralogia do Museu Nacional de História Natural da França. “O interior lunar poderia conter 1.000 trilhões de toneladas” de água, disse Tartese.

Na superfície, estima-se que haja até um bilhão de toneladas de água congelada – o suficiente para encher um milhão de piscinas olímpicas – alojada em crateras profundas ao redor dos polos norte e sul lunares, aonde os raios do sol não chegam. “Uma pesquisa recente concluiu que a água está presa lá há três ou quatro bilhões de anos”, afirma Tartese.

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Missões – A água na Lua poderia ter implicações muito práticas. Se futuras missões científicas puderem extrair oxigênio dessas moléculas, os astronautas poderiam respirar e viver dentro de bases na superfície lunar. Já o hidrogênio, se for separado do oxigênio, poderia ser usado como combustível para foguetes ou operações de mineração baseadas no espaço.

“Isso pode parecer ficção científica”, disse Tartese. “Mas é uma das razões pelas quais várias agências espaciais – incluindo a Agência Espacial Europeia e a Nasa – estão desenvolvendo missões robóticas para explorar novas regiões e estimar melhor a quantidade de gelo” na Lua, completou.

As novas evidências trazem novas perspectivas para as discussões entre os cientistas de ao trazer água para nosso Sistema Solar, os asteroides tiveram papel fundamental no surgimento da vida.

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(Com AFP)

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