O Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª região, de São Paulo, negou nesta sexta-feira pedido de habeas corpus em favor de Hugo Chicaroni, acusado de tentar subornar um delegado da Polícia Federal para retirar o nome de Daniel Dantas, dono do banco Opportunity, e de familiares das investigações da Operação Satiagraha. A defesa deve recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ)) e, em caso de novo indeferimento, novamente ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde já recebeu uma negativa.
O pedido de liberdade foi indeferido pela desembargadora Hamza Tartuce, que já havia negado a liminar ao assessor do banqueiro, Humberto Braz, acusado pelo mesmo crime. O advogado de defesa de Chicaroni, Alberto Dias, criticou a decisão do TRF, alegando que o princípio da isonomia foi quebrado, já que os outros acusados estão soltos, e argumentou que seu cliente é réu confesso e, por isso, teria o direito de aguardar julgamento em liberdade.
Outras 16 pessoas envolvidas no inquérito, entre elas o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o investidor Naji Nahas, conseguiram a liberdade beneficiadas por habeas corpus concedido pelo presidente do STF, ministro Gilmar Mendes.
As investigações contra os acusados começaram há quatro anos, com o desdobramento das apurações feitas a partir de documentos relacionados com o caso do mensalão. A PF indiciou Dantas por gestão fraudulenta e formação de quadrilha.