PF investiga desvio de recursos em confederações esportivas

A Operação Nemeus cumpre 16 mandados em investigação sobre desvios de recursos públicos cedidos às confederações brasileiras de Tiro Esportivo e Taekwondo

Por Da redação
24 ago 2016, 09h32

Polícia Federal prendeu neste domingo o advogado Guilherme Gonçalves, apontado como operador de propinas da empresa Consist — Há ainda uma notificação judicial de afastamento do presidente da Confederação de Taekwondo (Vagner Rosário/VEJA.com)

A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público e a Controladoria Geral da União, está cumprindo 16 mandados judiciais nesta quarta-feira em uma investigação sobre desvios de recursos públicos cedidos às confederações brasileiras de Tiro Esportivo e Taekwondo. A Operação Nemeus foi deflagrada nas cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Manaus e Caxias do Sul.

Há ainda uma notificação judicial de afastamento do presidente da Confederação de Taekwondo. Só no Rio de Janeiro, os policiais cumprem um mandado de prisão preventiva, quatro de condução coercitiva e oito de busca e apreensão.

De acordo com a Polícia Federal, pessoas dentro das confederações vêm desviando recursos cedidos pelo Ministério do Esporte por meio de convênios. Os policiais investigam fraudes em licitações com o uso de documentos falsos, a fim de realizar contratações e aquisições por preços muito acima do mercado.

A operação recebeu o nome de Nemeus em alusão aos Jogos Nemeus, disputados na Grécia Antiga e dedicados a Zeus.