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Mensagens reforçam que sítio de Atibaia pertence a Lula

Mensagens eletrônicas obtidas pela PF mostram que Rogério Aurélio Pimentel, assessor do então presidente Lula, orientou as reformas na propriedade

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 nov 2016, 19h58

Mensagens eletrônicas obtidas pela Polícia Federal comprovam que o então assessor do gabinete pessoal do então presidente Lula, Rogério Aurélio Pimentel, coordenou as obras da reforma do sítio em Atibaia. Lula responde a inquérito por ter recebido benesses de empreiteiros que reformaram o imóvel, registrado em nome dos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna, sócios do filho de Lula.  Os e-mails fazem parte de um relatório da Operação Lava-Jato. São mensagens trocadas pelo engenheiro Igenes Irigaray Neto, que cuidou pessoalmente da reforma do sítio. Nelas, Igenes troca informações com o assessor do gabinete pessoal de Lula sobre detalhes da reforma do que classifica como “residência Atibaia”.

Em 18 de novembro de 2010, Igenes envia a Rogério Aurélio Pimentel uma mensagem na qual são anexados projetos para a construção da suíte que abrigaria Lula no sítio. “Segue (sic) 3 plantas das suítes com propostas diferentes de implantação e locação de varandas, qualquer coisa estou à disposição”, escreveu Igenes. No dia 22 de novembro de 2010, Pimentel envia mensagem para o engenheiro com informações sobre “Proposta de Sauna (Residência Atibaia)”, diz que “ficou perfeito” e pede que seja enviada a planta do galpão naquele mesmo dia. Na sequência, completa: vai passar no sítio para ver se tem “alguma alteração” para fazer no local. Ele diz que vai conversar com Fernando, que seria referência a Fernando Bittar, um dos donos do sítio.

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Rogério Aurélio Pimentel foi assessor da Presidência da República até fevereiro de 2011. Foi o responsável por cuidar do transporte dos bens pessoais de Lula para o Sítio Santa Bárbara, em Atibaia, no período em que as obras eram realizadas no local. Para a Polícia Federal, a reforma do sítio foi feita “no interesse da família Lula da Silva”. Outras mensagens mostram que Igenes Irigaray mantinha contatos com Emerson Cardoso, do Grupo Bertin, para fazer a reforma do sítio. O preço total que o engenheiro ganhou pela obra teria sido de 262.000 reais, que teriam sido pagos pelo Grupo Bertin.

Outro personagens que trocam mensagens eletrônicas sobre a reforma do sítio são os engenheiros Romulo Dinalli, da Usina São Fernando, que pertence ao amigo do ex-presidente Lula,  José Carlos Bumlai, e Frederico Marcos de Almeida Horta, da Odebrecht. A PF já havia encontrado no apartamento de Lula arquivo com 130 recibos de materiais de construção usados na reforma do sítio. Também foram recolhidas duas notas fiscais em nome de Rogério Aurélio Pimentel, relacionadas à reforma do sítio.

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