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Justiça determina transferência de Marcola para ‘cárcere duro’

Além do chefe, outros doze integrantes da facção também serão internados no regime disciplinar diferenciado no presídio de Presidente Bernardes (SP)

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 dez 2016, 20h14 - Publicado em 14 dez 2016, 18h21

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo determinou nesta quarta-feira a transferência da cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC) para o presídio de Presidente Bernardes (SP), onde os detentos são submetidos ao regime disciplinar diferenciado (RDD). Considerada a punição mais rígida do sistema penitenciário paulista, o RDD prevê que o detento fique isolado numa cela, com direito a apenas duas horas diárias de banho de sol e duas visitas por semana também de duas horas.

Entre os líderes que devem ser deslocados nas próximas horas, está Marcos Herbas Camacho, o Marcola; Antonio José Muller Junior, o Granada; Paulo César Souza Nascimento Júnior, o Neblina; e Paulo Pedro da Silva, o Beiço; e Valdeci Francisco Costa, o CI. Este último é apontado pela Polícia Civil de São Paulo como o “CEO do PCC”, responsável por estruturar um grupo de advogados que prestavam diversos serviços à facção, como pagar propina a autoridades corruptas, infiltrar-se em órgãos de direitos humanos e ser o canal de comunicação entre a liderança encarcerada e os subalternos soltos.

Leia mais: PCC S/A: a gestão empresarial do crime

A internação no RDD ocorre no âmbito da Operação Ethos, que denunciou 54 pessoas por associação criminosa e corrupção. Entre os alvos, estão os integrantes do chamado “Conselho Deliberativo” do PCC, encarcerado na penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP); o grupo de advogados autointitulado de “célula R” e o ex-vice-presidente do Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana), Luiz Carlos dos Santos, que permanece preso por envolvimento com a facção.

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A Justiça atendeu a pedido da Polícia Civil e do Ministério Público de São Paulo que apresentaram indícios de que os líderes da facção — Marcola com uma posição de destaque — continuam coordenando “atividades criminosas” e emitindo ordens de dentro do presídio. A Justiça determinou que o regime seja cumprido inicialmente em sessenta dias — a duração máxima prevista na legislação é de 360 dias.

A última vez que Marcola foi ao RDD ocorreu no ano passado, quando uma investigação da Polícia Civil descobriu um plano para resgatar o chefão de Presidente Venceslau por meio de dois helicópteros, que voariam até o Paraná e depois para o Paraguai. Em 2006, a transferência de Marcola e de outros integrantes do PCC para o regime diferenciado teria sido uma das razões que motivaram a onda de ataques e rebeliões que alarmaram o Estado naquela ano.

 

 

 

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