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Juiz prorroga prisões temporárias de suspeitos de terrorismo

Marcos Josegrei da Silva entende que não houve tempo suficiente para a PF periciar todo o material apreendido com os investigados na Operação Hashtag

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 ago 2016, 22h02 - Publicado em 18 ago 2016, 21h53

O juiz federal Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal de Curitiba, prorrogou nesta quinta-feira por mais 30 dias as prisões temporárias dos 12 investigados na Operação Hashtag, que apura o suposto envolvimento de brasileiros com o grupo terrorista Estado Islâmico. Eles foram presos na primeira fase da Hashtag, deflagrada em 21 de julho, e estão em presídios de segurança máxima.

No despacho em que decidiu pela extensão das prisões temporárias, Josegrei diz entender que não houve tempo o suficiente para a Polícia Federal periciar o material apreendido com os investigados. “A despeito dos esforços evidentes, a complexidade dos fatos em investigação e a quantidade de indivíduos envolvidos justifica a não conclusão da análise do material coletado, no prazo de 30 dias”, justificou o magistrado.

Das mídias recolhidas pela PF no momento das prisões, ainda faltam perícias em 27 HDs, 14 telefones celulares e tablets, 15 DVDs e CDs, 12 pendrives e outros dispositivos de mídia digital. De acordo com a polícia, as atividades dos suspeitos em redes sociais são descritas em relatórios de cerca de 4.000 páginas cada.

Segundo o juiz federal, no entanto, os resultados das perícias feitas até agora confirmam a tese de que os 12 investigados são simpatizantes do Estado Islâmico. As informações reunidas no material apreendido levaram a Polícia Federal a deflagrar na semana passada a segunda fase da Operação Hashtag, em que foram feitas duas novas prisões temporárias e cumpridos três mandados de condução coercitiva.

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Um dos investigados entrou em contato, por e-mail, com um fornecedor de armas clandestinas, solicitando a compra de um fuzil AK-47. A PF não sabe se o grupo tinha apoio financeiro externo.

Nas conversas monitoradas com autorização judicial, os suspeitos, que em parte utilizavam nomes fictícios para se identificar, também discutiam táticas de guerrilha e propagavam intolerância racial, de gênero e religiosa. Pelo menos um menor de idade participava das conversas, enquanto dois dos brasileiros investigados já haviam sido condenados por homicídio. Foram interceptadas mensagens de comemoração pelas execuções feitas pelo grupo extremista no Oriente Médio e pelos recentes massacres em Orlando e Nice.

O grupo de brasileiros alvo da operação da Polícia Federal inclui os seguintes nomes: Alisson Luan de Oliveira, Antonio Andrade dos Santos Junior (Antonio Ahmed Andrade), Hortencio Yoshitake (Teo Yoshi), Israel Pedra Mesquita, Leonid El Kadri de Melo (Abu Khalled), Levi Ribeiro Fernandes de Jesus (Muhammad Ali Huraia), Marco Mario Duarte (Zaid Duarte), Matheus Barbosa e Silva (Ismail Abdul-Jabbar Al-Brazili), Mohamad Mounir Zakaria (Zakaria Mounir), Oziris Moris Lundi dos Santos Azevedo (Ali Lundi), Valdir Pereira da Rocha (Valdir Mahmoud) e Vitor Barbosa Magalhães (Vitor Abdullah).

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