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‘Estamos guardando munição’, diz Joesley

Na segunda-feira, o procurador-geral Rodrigo Janot disse que o acordo de delação dos executivos da JBS poderia ser anulado em caso de irregularidades

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 set 2017, 18h56

O empresário Joesley Batista, dono da JBS e um dos principais delatores premiados dos escândalos em investigação, admitiu a seu subordinado, o diretor de Relações Institucionais da empresa, Ricardo Saud, que estão “guardando munição” contra autoridades contra as quais eles têm informações comprometedoras. Os dois conversavam sobre mulheres, políticos, como o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, e empresários e faziam o diagnóstico de que seriam aliados do Ministério Público no processo de investigação. Antes de saber que teriam o prazo de defesa ampliado, os delatores da JBS tinham até a quinta-feira da semana passada para entregar ao Ministério Público Federal gravações, documentos e provas extras que pudessem embasar as declarações já registradas em depoimentos de delação. Encaminharam esses áudios, revelados nesta terça-feira com exclusividade por VEJA, na noite de quinta.

“Nóis (sic) somos do serviço, né? Nóis vai acabar virando amigo desse Ministério Público. Nóis vai virar amigo desse Janot. Nóis vai virar funcionário desse Janot. Nóis vai falar a mesma língua”, disse Joesley na conversa com Saud.

“Tudo que nóis tá fazendo é só pra nos. Nóis tamos guardando munição. Só isso”, diz Joesley, para, em seguida, afirmar que espera não ter de precisar, no futuro, utilizar essas informações.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse no início da noite desta segunda-feira que o acordo de delação premiada firmado pelo Ministério Público Federal com a JBS pode ser anulado caso fossem comprovadas irregularidades por parte dos executivos do grupo empresarial, como omissões no processo de colaboração. “O MPF atuou na mais absoluta boa-fé para a celebração deste acordo. Se ficar provada qualquer ilicitude, o acordo de colaboração premiada será rescindido”, disse.

De acordo com ele, apesar da gravidade dos fatos contidos no áudio, as provas obtidas por meio da delação premiada não serão invalidadas. “A eventual rescisão do acordo não invalida, repito, não invalida, as provas até então oferecidas. Conforme a lei que disciplina a colaboração premiada, se a culpa do colaborador ensejar a rescisão do acordo, ele perde todos ou alguns benefícios. E o Estado aproveita todas as provas apresentadas pelos colaboradores”, disse.

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