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Advogado de Temer diz que vai questionar decisão do STF sobre JBS

Antonio Mariz de Oliveira afirmou que vai abordar benefícios concedidos a delatores da empresa após denúncia da PGR contra o presidente

Por Da redação
22 jun 2017, 21h57

O criminalista Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, advogado do presidente Michel Temer (PMDB) no processo que envolve as delações da JBS, afirmou que a defesa vai questionar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) se o julgamento que foi interrompido hoje terminar com a manutenção da validade das delações dos irmãos Joesley e Wesley Batista e outros cinco executivos do grupo J&F.

“Não tenha dúvida que vamos questionar essa decisão”, disse Mariz, ao chegar para um debate na Casa do Saber, em São Paulo. Ele afirmou que não se surpreendeu com a manutenção do ministro Luiz Edson Fachin como relator dos processos que envolvem o presidente Michel Temer, mas com a formação de maioria para manter a validade da delação da JBS. O julgamento foi suspenso e será retomado na próxima quarta-feira.

O advogado informou que a defesa irá questionar os benefícios concedidos a Joesley Batista, entre eles o perdão judicial, nas alegações que fará após a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que deve ser oferecida ao STF nos próximos cinco dias. “Se a Câmara autorizar o processo, faremos uma defesa preliminar e nessa defesa vamos fazer nossas contestações”, disse. O defensor afirmou que o Ministério Público deu um benefício ilegal a Joesley. “O benefício dado foi a impunidade”, criticou.

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Durante o debate, o criminalista criticou o Supremo por ter “lavado as mãos” diante da situação. “Me espanta que o Supremo tenha lavado as mãos permitindo isso”, criticou. Ele apontou ainda que o julgamento de hoje mostrou que o Ministério Público “está recebendo poderes que não lhe são naturais”. Durante o debate, o Mariz voltou a falar que, com as delações da JBS, está se abrindo “um estado de anomia social” no país.

PGR

Antonio Cláudio Mariz de Oliveira afirmou ainda que “sente” que a Procuradoria-Geral da República está usando o processo que envolve o peemedebista para fazer política.

“Eu também sinto isso, mas não alcanço as razões. Fazer política objetivando o que? O poder? Será que o Ministério Público almeja o poder? Eu creio que não”, disse Mariz, quando perguntado se avaliava que a PGR estivesse o usando o processo contra Temer como um instrumento político. “Essa questão política está realmente no ar, mas eu não vejo uma coisa ainda bem formatizada, formalizada. Mas está no ar”, declarou.

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Criticando fortemente os benefícios dados a Joesley no acordo de colaboração premiada que culminou em um inquérito contra o presidente, o advogado afirmou que está se criando um novo processo penal brasileiro “fora da lei”. Ele diz que não há previsão legal de a PGR estipular uma punição ou um perdão judicial no acordo de colaboração premiada. Para ele, isso deve ser feito pelo juiz na sentença.

(com Estadão Conteúdo)

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