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Facebook tropeça na nova ferramenta de grupos

Dispositivo permite que usuários sejam incluídos em grupos sem que sejam consultados antes

Por BBC
8 out 2010, 21h56

O Facebook introduziu essa semana uma série de novos recursos visando colocar os usuários no controle de suas informações, mas parece que, apesar das boas intenções, a gigante das redes sociais cometeu um erro em seu aplicativo para grupos.

O objetivo do novo produto é permitir que pessoas mapeiem on-line onde estão situadas no mundo real em grupos pequenos ou panelinhas – seja um grupo familiar, de leitura, de trabalho ou o qualquer outra coisa.

A ideia toda, disse o fundador e presidente-executivo do Facebook Mark Zuckerberg, era deixar “as pessoas compartilharem coisas que não gostariam de dividir com todos os seus amigos”.

“Existem algumas coisas que são mais confortáveis de serem ditas a todos os seus amigos de uma só vez, mas um monte de outras você deseja compartilhar apenas com colegas de trabalho próximos, ou sua família. Isso desbloqueia todo esse potencial, no qual as pessoas têm agora uma forma de se comunicar que não existia antes.”

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Embora isso possa ser verdade, parece que muita gente não está feliz. O problema começa com a possibilidade de que alguém possa adicionar qualquer outra pessoa a um desses grupos sem que pergunte ao adicionado se ele deseja ou não fazer parte do grupo. As pessoas incluídas num grupo aberto se tornam membros automáticos.

O empresário e blogueiro Jason Calacanis, por exemplo, está particularmente descontente com o recurso de novos grupos. Ele foi adicionado, sem seu conhecimento, a um grupo chamado NAMBLA, que significa North American Man-Boy Love Association. Definitivamente, não é algo que queira em seu perfil.

E essa é a questão de Calacanis. Em seu e-mail endereçado ao próprio Zuckerberg ele afirma que foi “forçado a entrar” em um grupo do qual ele definitivamente não quer fazer parte.

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Mike Arrington, fundador do blog de tecnologia TechCrunch, também foi adicionado ao grupo e, por sua vez, adicionou Zuckerberg. O recurso permite a qualquer um criar um grupo e adicionar quem quiser. Caso seja público, todos podem ver quem são os membros. A NAMBLA não é um grupo sério, mas a brincadeira a que foi submetido Calacanis poderia facilmente ter repercussões – e pode se proliferar.

“Eu me vi adicionado a um grupo sem ter autorizado e isso é preocupante”, escreveu Danny Sullivan, editor-chefe do SearchEngineLand.com, em seu blog. “Fiquei bastante perplexo que isso tenha acontecido. Entenderam tudo errado desde o início ao não perguntar se você deseja ser incluído.”

O grupo NAMBLA é uma paródia, mas alguns especialistas em segurança observam que existem alguns aspectos sinistros no buraco que o Facebook deixou em seu novo produto. “Isso pode ser abusivo de uma forma muito desagradável”, disse Chester Wisniewski, da empresa de segurança Sophos em um blog. “Imagine que você está viajando para os Estados Unidos e seus amigos acharam divertido adicioná-lo a um grupo que pareça relacionado ao terrorismo. Você pode encontrar um comitê de boas-vindas que não estava esperando.”

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