Com 22 shows mensais e novo DVD na praça, a goiana Marília Mendonça, 21 anos, maior representante do sertanejo feminino, conversou com o blog VEJA GENTE

Suas letras falam sobre traição e amores mal resolvidos. De onde vem a inspiração? Meus relacionamentos sempre foram horríveis. O único que deu certo é o atual. Minha mãe e amigas também tiveram namoros que deram muito errado. As experiências que tive no amor foram péssimas, e colocar essas histórias na música me livra um pouco do rancor, do sofrimento e da tristeza. Na vida real, nem tudo termina bem. Isso é mais um desejo do que a realidade, e não só comigo, mas com todas as mulheres que me ouvem.

O seu hit Infiel, com 314 milhões de visualizações no YouTube, foi inspirado em quem? Na minha tia. Ela foi traí­da, e o marido dela teve um filho fora do casamento. Fiquei com muita raiva. Fiz a música para ver se ela o ouvia e largava o marido. Infelizmente, ela está com ele até hoje.

Zezé Di Camargo declarou que o mundo sertanejo é muito machista. Concorda? Totalmente. Na verdade, o preconceito não é musical, mas na questão da aparência. Minhas amigas Maiara e Ma­raí­sa já ouviram muitas coisas. Também fui muito cobrada. Acho que o preconceito estético no meio sertanejo nunca vai ser superado. A gente luta para melhorar, mas as coisas estão cada vez piores. Vejo pessoas que se preocupam muito mais com a minha aparência do que com a música que vou lançar. Desliguei dessas críticas. Minha vida pessoal não está aberta ao público.