Assunção, 16 mai (EFE).- O ex-goleiro José Luis Chilavert criticou nesta quarta-feira o trabalho do técnico Francisco Arce à frente da seleção paraguaia, e acusou o atacante Roque Santa Cruz de estar ausente nos momentos em que a equipe mais precisa dele.
‘Ele (Arce) não trabalha. Não dá para ver o trabalho que ele está fazendo’, disparou Chilavert, que como jogador foi companheiro de seleção do ex-lateral-direito nas Copas do Mundo de 1998 e 2002.
Para o ex-goleiro, que mora na Argentina e que está resolvendo pendências judiciais em Assunção, Arce quer implantar no Paraguai a identidade dos jogadores brasileiros, enquanto o antecessor Gerardo Martino fazia a equipe jogar como os argentinos.
‘O futebol paraguaio perdeu a característica de ser agressivo, suar a camisa, cortar cruzamentos. Ninguém mais se preocupa com isso’, comentou Chilavert à emissora de rádio ‘La 970’, de Assunção.
Por sua vez, Arce, que nos tempos de atleta defendeu Grêmio e Palmeiras, se limitou a dizer que respeita muito Chilavert e não entrará em polêmica.
O ex-goleiro também criticou Santa Cruz, a quem acusou de estar ausente ‘quando a seleção mais precisa dele’. A crítica é uma alusão à ausência do atacante do Betis no jogo contra a Bolívia, em La Paz, no próximo dia 9, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2014.
Por fim, Chilavert falou sobre o risco corrido pelo Paraguai de ficar fora do Mundial no Brasil. Atualmente, a equipe está apenas em sétimo lugar na classificatória, com quatro pontos.
‘Hoje estamos na linha vermelha, com risco de ficar de fora. É preciso ver o que acontece e o resultado com a Bolívia’, alertou. EFE
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