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Os EUA, a Líbia e um mundo com poucas perguntas

Há uma tensão curiosa com a movimentação dos EUA no que diz respeito à Líbia. Vale o princípio da não-ingerência, ou o Grande Satã, subitamente convertido em Grande Pai, deveria invadir logo o país e pôr fim à matança de que Kadafi está sendo acusado? Barak Obama, como se vê, quer agir com o respaldo […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 12h41 - Publicado em 28 fev 2011, 22h48

Há uma tensão curiosa com a movimentação dos EUA no que diz respeito à Líbia. Vale o princípio da não-ingerência, ou o Grande Satã, subitamente convertido em Grande Pai, deveria invadir logo o país e pôr fim à matança de que Kadafi está sendo acusado? Barak Obama, como se vê, quer agir com o respaldo do mundo. Nada mais de ações unilaterais. É, é bom ter memória. Perto de Saddam Hussein, Muamar Kadafi é um verdadeiro Gandhi, não é mesmo? E, no entanto, todos sabemos o que a ação no Iraque custou à reputação americana. Há, sim, o custo da guerra etc e tal. Mas a ação em si foi condenada, vista em certos setores apenas como um esforço para manter sob controle o petróleo do país.

Os tempos são outros. Como ninguém conhecia a movimentação dos iraquianos em favor da democracia ou as organizações anti-Saddam — ele  podia matar milhares a bala, com bombas ou com gás —, ficou parecendo que os EUA foram se meter lá do outro lado do mundo, onde reinava a paz. Agora não! Mil mortos na Líbia — sim, basta um para nos diminuir… — têm um poder de mobilização que dezenas de milhares não tinham no Iraque de Saddam.

A Europa é reticente em impor a exclusão aérea. O que isso significa? Uma vez decidida, qualquer avião Líbio que a desrespeitasse poderia ser abatido. Aí é guerra e prenúncio de invasão. A aposta é que Kadafi não resista ao cerco dos opositores e às pressões de outra natureza, como o seqüestro da fabulosa soma de US$ 30 bilhões. Vamos ver.

Para encerrar, tenho uma curiosidade, não satisfeita depois de uma pesquisa em dezenas de páginas de vários veículos mundo afora: de onde apareceram tantos fuzis em mãos de civis líbios? Afinal, aquilo era uma ditadura, certo? Armas não ficavam dando sopa na mão da população. Vem tudo de soldados desertores? Não parece!

O entusiasmo juvenil com a revolução tem poupado o mundo de muitas respostas. Pior do que isso: tem poupado o mundo de muitas perguntas.

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