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Flagrante contra Aécio Neves parece armado para prender senador

Tucano pede R$ 2 milhões a Joesley e diz que é para pagar despesas com advogado; dinheiro foi rastreado

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 18 Maio 2017, 04h55 - Publicado em 18 Maio 2017, 02h28

É evidente que a situação do senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente do PSDB, não é nada confortável. E não se enganem: as forças de investigação agiram com o objetivo de pedir a prisão do senador. Já explico por que digo isso. Vamos aos fatos.

Segundo o que vazou de gravações feitas por Joesley Bastista, o tucano ligou ao empresário pedindo R$ 2 milhões em dinheiro vivo, recursos que seriam destinados a Alberto Toron, um de seus advogados.

As forças de investigação dizem que tal dinheiro jamais chegou a Toron. Estava tudo rastreado. Havia chips nas mochilas, e as notas estavam numeradas.

Os recursos, segundo os órgãos de investigação, teriam sido depositado na conta de Tapera Participações Empreendimentos Agropecuários, de Gustavo Perrella, filho do senador Zeze Perrella (PMDB-MG).

Publicaram-se trechos da conversa entre Aécio e Joesley.

Depois de pedir o dinheiro, o senador teria ouvido a seguinte proposta do empresário:

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“Se for você a pegar em mãos, vou eu mesmo entregar. Mas, se você mandar alguém de sua confiança, mando alguém da minha confiança.”

Aécio, então, teria designado um intermediário nestes termos:

“Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho”.

Aécio não é, que se saiba, um homicida. Obviamente, está fazendo uma piada — e bastante adequada a estes tempos, em que todos delatam todo mundo.

Em nota, o senador afirmou que não cometeu nenhuma irregularidade, mas é claro que a situação azedou.

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Ainda vamos falar aqui do assunto. Um parlamentar não pode ser preso a não ser em flagrante. Uma flagrância armada contra o ex-senador Delcídio do Amaral, no entanto, o conduziu à cadeia com apoio unânime do Supremo. Notem que não entro no mérito da qualidade da acusação.

No caso de Aécio, o que vazou até agora não caracteriza exatamente que crime teria cometido.

Não é proibido receber dinheiro vivo de ninguém. Não se deve fazê-lo, mas não é crime nem mesmo mentir sobre a motivação de um dinheiro que se pede a um ente privado — a menos que, no caso do político, haja contrapartida.

Nota-se que a operação é organizada para provar o maior dano possível à imagem de Aécio.

Reitero: com o que se tem, um eventual pedido de prisão é injustificado. Mas vai saber o que mais se esconde nas dobras do Ministério Púbico Federal.

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Vivemos dias espantosos.

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