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E que tal José Dirceu como Catão da oposição? Que coisa!

Não é realmente impressionante que José Dirceu, aquele apontado pela Procuradoria Geral da República como “chefe de quadrilha”, resolva ser, assim, uma espécie de Catão da oposição? O homem sabe tudo! Como vocês lerão abaixo, ele disse que o que falta aos oposicionistas é “proposta” — huuummm — e… aí Dirceu não usou palavras: bateu […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 12h07 - Publicado em 2 Maio 2011, 23h10

Não é realmente impressionante que José Dirceu, aquele apontado pela Procuradoria Geral da República como “chefe de quadrilha”, resolva ser, assim, uma espécie de Catão da oposição? O homem sabe tudo! Como vocês lerão abaixo, ele disse que o que falta aos oposicionistas é “proposta” — huuummm — e… aí Dirceu não usou palavras: bateu com o indicador na testa, como a indicar que falta aos adversários aquilo que ele próprio tem na cachola. O que será? Ali se esconde, por exemplo, a matéria ética que devolveu Delúbio Soares ao PT. Se ele, Dirceu, continua na legenda e consegue eleger até o presidente do partido, por que não o outro?

Vamos lá. Dirceu não é, assim, um baita professor de Educação Moral e Cívica. Mas está bem longe de ser burro. Pensem na sua situação em 2005 e vejam onde está agora. Aproveitou para tentar alimentar a confusão no PSDB. Elogiou Aécio Neves, o que não é inédito, mas aproveitou para dizer que os problemas maiores do senador mineiro estão no PSDB — Serra seria o nome dele. Se vencido este, haveria outro, segundo Dirceu: Alckmin.  Segundo aquilo que Dirceu esconde na cabeça, quanto mais confusão houver nesse triângulo, melhor. E, convenham, ele não está passando vontade, certo? E resolveu, ele também, tratar com indisposição o PSD de Gilberto Kassab. Leiam O que informa Marcelo Portela, da Agência Estado:
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Dirceu desqualifica oposição e defende PT longe do PSD
O ex-ministro José Dirceu desqualificou a oposição e disse não ver nenhuma ação de partidos contrários ao governo da presidente Dilma Rousseff que possa ameaçar a atual hegemonia petista no Executivo e Legislativo nacionais. Ao participar de uma série de eventos em Belo Horizonte, hoje, Dirceu foi irônico ao falar sobre a oposição e afirmou que seu partido, o PT, e o governo não podem mudar de rumo por causa de possíveis crises entre legendas como PSDB e, principalmente, DEM. E defendeu que o PT mantenha distância do PSD, do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

Na avaliação de Dirceu, o PT não deve se importar com uma possível fusão entre PSDB e DEM para as eleições presidenciais de 2014. Apesar da possibilidade de as legendas unidas crescerem, inclusive no quinhão que poderiam abocanhar do Fundo Partidário, o ex-ministro ressaltou que “tamanho não é documento” e que isso “não seria problema para o PT”. “É um direito deles buscarem a fusão. (Mas) o problema deles não é tamanho. É ter proposta, é ter …”, disparou, batendo com o dedo indicador na própria cabeça.

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Pouco antes, Dirceu até havia elogiado o ex-governador de Minas Gerais e atual senador Aécio Neves, apontado como possível candidato tucano à Presidência em 2014 e alguém que, na avaliação do ex-ministro, “tem que respeitar”. Mas ressaltou que o mineiro tem mais problemas dentro do próprio partido que diante de uma eleição contra o PT. “Primeiro, ele (Aécio) tem que derrotar o (ex-governador de São Paulo José) Serra. Depois, o (atual governador Geraldo) Alckmin”, disse. “Ainda vai chover muito na Serra da Mantiqueira”, acrescentou, referindo-se à cadeia de montanhas que fica na divisa de Minas com São Paulo.

Já sobre a postura do prefeito paulistano, Gilberto Kassab, que deixou o DEM para fundar o PSD, Dirceu foi ainda mais irônico: “o partido do Kassab ainda não está constituído. Na hora em que o partir se constituir e reunir a bancada, vai ter que saber se é governo ou oposição na Câmara e no Senado. Se não for nada, é inédito no Brasil”, disparou, referindo-se à postura do prefeito de elogiar governos tucanos e a presidente Dilma.

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