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Dilma e os patos. Ou: petista faz chacota de católicos

Ainda nesta terça, porta-vozes do PT disfarçados de jornalistas escreverão coisas mais ou menos assim: “Este veículo (escolham qual) apurou que a candidata Dilma Rousseff não quer salto alto na campanha e que ela considera que ainda não venceu a disputa…” Nota: antigamente, sempre que se recorria à fórmula “este veículo apurou”, o propósito era […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 14h27 - Publicado em 24 ago 2010, 07h29

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Ainda nesta terça, porta-vozes do PT disfarçados de jornalistas escreverão coisas mais ou menos assim: “Este veículo (escolham qual) apurou que a candidata Dilma Rousseff não quer salto alto na campanha e que ela considera que ainda não venceu a disputa…” Nota: antigamente, sempre que se recorria à fórmula “este veículo apurou”, o propósito era informar alguma coisa que contestava a fala oficial da personagem da notícia. Com a chegada do PT ao poder, os áulicos conseguiram criar o estilo do “repórter farejador a favor”, que “apura” justamente o que a personagem quer que ele noticie. Franklin Martins, João Santana e José Eduardo Dutra lhes contam os “segredos” do partido, e eles não economizam: “Este veículo apurou…” Vocês sabem como “farejar” é um hábito antigo dos mamíferos, especialmente os que têm os pés no chão — os quatro, quero dizer…

Por que isso? Dilma Rousseff tinha prometido comparecer ao debate promovido ontem pela TV Canção Nova e pela Rede Aparecida de Comunicação, emissoras de rádio e TV católicas. Deu o cano. Faltou. Alegou problema de agenda. Enquanto o debate corria, a candidata postou no Twitter: “Olha q interessante, o Pato Fu interpretando músicas de sucesso usando instrumentos de brinquedo”. Alertado por assessores, o candidato Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL, levou a informação ao ar: “Sabe o que ela está fazendo? Tuitando! (…) Os meus tuiteiros disseram que ela está agora assistindo a uma banda chamada Pato Fu”.

Dilma — ou quem quer que escreva o seu Twitter — estava fazendo chacota dos seus adversários e, obviamente, dos católicos, que, estou certo, gostariam de ouvi-la sobre alguns temas, especialmente porque a candidata acaba de assinar uma “Carta ao Povo de Deus”, em que procura negar o seu óbvio alinhamento com a legalização do aborto, tese que já chegou a defender claramente em entrevista. Não só isso: o decreto do Programa Nacional de Direitos Humanos, que ganhou forma na Casa Civil, fazia a defesa explícita da legalização.

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Por que Dilma faltou com a palavra empenhada e preferiu ficar assistindo a um vídeo do Pato Fu? Porque considera que a eleição já está no papo e que o confronto entre os candidatos não é mais matéria do seu interesse. Supostamente detentora dos votos de que precisa para se eleger, não se sente na obrigação de explicar mais nada a ninguém. Candidatos não são obrigados a participar de debates, é claro — a menos que tenham se comprometido a fazê-lo.

A ausência busca caracterizar, no extremo da arrogância, o evento como um encontro de derrotados. Dilma, a rigor, nunca quis saber dos eleitores porque tem aquele que considera o único eleitor realmente relevante: Lula. O resto é só um bando de patos fu…

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