Contratada pelo PSDB para emitir um relatório paralelo contra a Petrobras na CPI de 2009, a Intratec reza para não entrar de cabeça na Lava-Jato.

Isso porque a empresa americana teme que a justiça brasileira peça esse material. Com escritório no Rio de Janeiro, eles já se negaram a passar informações sobre o dossiê, sob a justificativa de confidencialidade.

A história cresce quando se contextualiza o tal relatório. Uma gravação revelada no ano passado pelo Jornal da Globo mostra o então presidente do PSDB, Sérgio Guerra, negociando propina para frear a tal CPI em 2009.

A PGR disse, na época, que o deputado pediu 10 milhões de reais para esvaziar a investigação.

A delação de Paulo Roberto Costa e Fernando Baiano, presentes no encontro filmado, corroboram a versão da Justiça brasileira.

A Intratec também presta serviços e consultoria para grandes multinacionais petroleiras. Eles teriam recebido 700 mil reais pelo trabalho.

As informações da Intratec podem ser importantíssimas por dois motivos: podem enfraquecer a delação de Paulo Roberto Costa, que disse que o PSDB agiu para minguar a CPI, já que a mesma oposição acusada de omissão contratou uma empresa séria com sede em Houston para supostamente relatar contra a Petrobras; ou a Intratec será dagrada ao centro da Lava-Jato.

O temor na empresa é a última opção.

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